AVC: como identificar, agir e reduzir os riscos
O Diário - 6 de agosto de 2025

Karoline Cristina da Silva Lucino, estudante do 5º período do curso de medicina da FACISB, orientada pelo prof. Otávio Costa Vincenzi
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Você sabia que o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como “derrame”, é uma das doenças que mais matam no Brasil?
O AVC ocorre quando o fluxo de sangue e nutrientes ao cérebro é interrompido de forma abrupta, comprometendo seu funcionamento e podendo levar à morte do tecido cerebral caso não haja intervenção rápida.
O AVC pode ser classificado como isquêmico, quando o fluxo sanguíneo ao cérebro é bloqueado por êmbolos ou placas de gordura; ou hemorrágico, quando há rompimento de um vaso e sangramento dentro ou ao redor do encéfalo.
Os sintomas mais comuns incluem boca torta, fala enrolada e fraqueza na face, nos braços e/ou pernas, especialmente se ocorrerem em apenas um lado do corpo. Também podem surgir confusão mental, visão dupla, cegueira, desequilíbrio, dor de cabeça intensa e alterações de sensibilidade. Esses sintomas, em geral, aparecem de forma súbita e se instalam rapidamente.
Uma forma simples de suspeitar que alguém possa estar tendo um AVC é pedir para que a pessoa sorria, cante e levante os braços. Se houver dificuldade, levanta-se um sinal de alerta. Ao perceber esses ou outros sinais suspeitos, é fundamental acionar imediatamente o SAMU, através do número 192. Como o tratamento é tempo-dependente, a agilidade no atendimento pode impactar diretamente no desfecho clínico.
O AVC é uma condição que, muitas vezes, pode ser prevenida. Controlar a pressão arterial e o diabetes — que atuam como fatores de risco cardiovasculares —, praticar atividades físicas, cessar o consumo de cigarro e álcool, além de manter acompanhamento médico regular, são medidas que podem reduzir significativamente o risco da doença.