Evento acontece no auditório do Senac e reúne algumas cidades da regional da Drads Barretos

O 3º CONNEGRO - Congresso Internacional da Cultura, Diversidade e Consciência Negra teve início ontem no auditório do Senac Barretos e prossegue hoje (30), com palestras e debates reunindo representantes dos municípios pertencentes a Drads – Diretoria Regional de Assistência Social. O congresso tem o objetivo de debater a construção de diálogos sobre a Corporeidade Negra, abordando as questões de ancestralidades, identidades plurais, discursos, saberes ancestrais, culturas, religiosidades, politica, resistências e resiliências e outros temas.

Um dos coordenadores do CONNEGRO e do projeto Educaxé, André Aluize, explicou que o trabalho desenvolvido pela Drads e o Educaxé, deu origem ao núcleo chamado de  Nuedes Drads Barretos. “Esse trabalho começou no início do ano com letramento racial e hoje estamos trazendo todos os projetos desenvolvidos juntos com a Drads Barretos, onde os municípios estão trabalhando a questão antirracista nos seus atendimentos”, explicou, destacando que integram o projeto a as cidades de Barretos, Taiuva, Cajobi, Monte Azul Paulista e Severínia.

Segundo Eloisa de Almeida, que é coordenadora do Nueds Drads Barretos, após o curso de letramento racial, ficou acordado com que cada município fizessem projetos em suas cidades para apresentar no CONNEGRO. “Cada município trabalhou os seus projetos com capoeira, dança, comida e foi apresentado no evento. Eu conduzi o trabalho, e ministrei uma palestra sobre o racismo, o quanto eu já sofri de racismo, e o que podemos fazer para as futuras gerações e os antepassados não sofram com o racismo como a nossa geração e os antepassados”, disse Eloisa, que é delegada da Igualdade Racial Regional.

A chefe de Seção do Núcleo Avaliação e Supervisão da Drads, Maria Izildinha Dias Dionísio, explicou que a Diretoria Regional é parceria do 3º CONNEGRO, ressaltando que haviam iniciado um grupo do Suas Sem Racismo, e com este evento os municípios estão mostrando o trabalho que estão realizando desde o mês de março. “A gente pretende que esse trabalho iniciado pelos municípios seja levado a frente. Hoje a maioria da população atendida pela assistência social é negra e não temos muitos negros como profissionais do Suas. Precisamos desmitificar esse tema, porque existe racismo no Brasil e muito grande”, explicou.