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“Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”

Diocese de Barretos - 26 de julho de 2025

“Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”

“Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”

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Por Diác. Matheus Flávio, São Gabriel, Jaborandi-SP

Hoje celebramos a memória de Santa Ana e São Joaquim, país da Virgem Maria e avós de Jesus. Nesse sentido, a Igreja destaca nesse dia o valor dos avós e dos idosos, pessoas que tem muito a oferecer pela experiência de vida. O Papa, pelo quinto ano consecutivo, dirige uma mensagem aos avós e idosos nesse dia e esse ano, o Papa Leão centrou sua mensagem na citação bíblica “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança” (Sr 14,2). Ele convida os fiéis a reconhecerem a esperança como fonte permanente de alegria, especialmente na velhice. Ele propõe uma valorização profunda da terceira idade, considerando-a um tempo de graça, missão e testemunho da fidelidade de Deus. A Sagrada Escritura apresenta diversos idosos como protagonistas da história da salvação, como Abraão e Sara, Zacarias e Isabel, e Moisés. Apesar de suas limitações físicas e da incredulidade inicial diante das promessas divinas, Deus os escolheu para cumprir Seus desígnios. Esses exemplos mostram que, mesmo na fragilidade, a fé pode florescer e gerar frutos. Como ensina São Paulo, a fraqueza humana permite que a força de Deus se manifeste: “Quando sou fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,10). A mensagem destaca que a velhice não é um encerramento, mas um tempo de fecundidade espiritual. Os idosos, com sua experiência e sabedoria, são fundamentais para a construção de um futuro com sentido. O Papa recorda que os avós muitas vezes foram exemplos de fé, virtude e perseverança, sendo portadores de um legado que merece gratidão e reconhecimento. No contexto do Ano Jubilar, o Papa convida a viver esse tempo como uma oportunidade de libertação também para os idosos, especialmente da solidão e da marginalização. Assim como o Jubileu bíblico promovia a justiça social e a reconciliação, hoje a Igreja é chamada a resgatar os idosos do esquecimento, criando redes de cuidado, oração e proximidade. O Papa Francisco propunha uma “revolução da gratidão e do cuidado” que deve ser assumida por toda a comunidade eclesial: paróquias, associações e movimentos devem visitar os idosos, integrá-los à vida da Igreja e reconhecer neles a presença de Cristo (cf. Mt 25,34-36). Visitar um idoso é, portanto, um gesto de esperança e um ato jubilar. Por fim, o Papa Leão lembra que, mesmo diante da debilidade física, os idosos mantêm uma liberdade essencial: a de amar, rezar e doar-se. Esses gestos são sinais luminosos de esperança. A velhice, longe de ser um tempo de resignação, é ocasião para renovar-se interiormente, viver a fé com profundidade e transmitir aos outros, especialmente às novas gerações, o dom da esperança cristã. Assim, todos os idosos são chamados a ser, em qualquer circunstância, sinais vivos de esperança no mundo.