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“Bom senso e cabeça fria”, afirma secretário de Ministério sobre tarifaço

Sandra Moreno - 24 de julho de 2025

“Bom senso e cabeça fria”, afirma secretário de Ministério sobre tarifaço

FRIEZA: Guilherme Cunha afirma que momento é de tratar assunto de cabeça fria

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Secretário do MAPA fala sobre tarifa dos EUA e  impacto na agroindústria da região

Em entrevista a O Diário durante participação em  evento  voltado ao agronegócio  na cidade de Bebedouro,  o secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente (MAPA), Guilherme Campos Júnior, comentou os impactos da nova tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre todos os produtos brasileiros — com entrada em vigor marcada para 1º de agosto.

A medida, considerada a maior já imposta ao Brasil pelo governo americano, afeta diretamente o setor agroindustrial da região de Barretos, com destaque para produtos como suco de laranja, carne bovina, açúcar, soja todos relevantes para as exportações locais.

“Fomos pegos de surpresa por uma ação intempestiva. O agro será diretamente atingido, especialmente com produtos como o café, o suco de laranja e a carne bovina”, afirmou o secretário. Segundo ele, o governo federal já articula estratégias para redirecionar a produção a outros mercados e reduzir os danos ao setor.

Campos também defendeu o caminho da negociação, apelando ao equilíbrio nas relações diplomáticas:

“É hora de cabeça gelada, sangue de barata e bom senso. Precisamos conversar para chegar a um bom termo. Não há substituto no curto prazo para muitos dos nossos produtos no mercado americano — e quem perde é todo mundo, aqui e lá”, destacou.

Além do prejuízo direto nas exportações, há risco de efeitos em cadeia: retração de investimentos por parte das cooperativas, perda de contratos, pressão sobre os preços no mercado interno e instabilidade logística com redirecionamento de cargas. O governo brasileiro informou a princípio que estuda retaliações comerciais com base na Lei da Reciprocidade mais as últimas informações são  de que  Brasil acelera negociações com os EUA, prepara respostas via OMC (Organização Mundial do Comércio) e conselhos dos setores — especialmente indústria e agro.