Burnout: Fatores ocultos por trás do estresse crônico
O Diário - 26 de setembro de 2025

Maria Luísa Furtado de Andrade, estudante do 1º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Robson Aparecido dos Santos Boni
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Existe ser humano que não se estressa no trabalho? Provavelmente não, mas precisamos ter consciência de quando isso se torna um problema de longa data, condição atualmente conhecida como Síndrome de Burnout, e não normalizar algo tão prejudicial à saúde. Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, foi reconhecido como doença ocupacional pela OMS em 2022, destacando os impactos do estresse crônico no trabalho. Fatores como excesso de horas, falta de autonomia, injustiças e descompasso com os valores corporativos contribuem para o quadro, afetando o indivíduo física e emocionalmente.
A síndrome caracteriza-se por exaustão emocional, despersonalização e redução da eficácia profissional. Os sintomas incluem fadiga extrema, insônia, dores físicas, lapsos de memória, irritabilidade e baixa autoestima, geralmente ignorados até se tornarem graves. Sendo assim, estudos revelam ainda conexões entre Burnout e problemas físicos como doenças cardiovasculares, alterações hormonais e enfraquecimento imunológico. O risco de desenvolver arritmias cardíacas, como fibrilação atrial, também está associado à síndrome, aumentando a probabilidade de complicações graves como AVC. Esse ciclo de desgaste subestima os sinais do corpo e cobra um preço alto à saúde.
Frente a isso, o que pode ser feito para prevenir ou mitigar o Burnout? Recomenda-se práticas individuais como atividade física, sono de qualidade, alimentação balanceada, curtir momentos de lazer e psicoterapia, estratégias que fortalecem a resiliência diante das pressões. Burnout não é fraqueza, mas um alerta para reavaliar o que significa sucesso e bem-estar, ressignificando prioridades. Ignorar os sinais pode comprometer a saúde e a qualidade de vida. É hora de redefinir o que significa realmente estar bem.