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Calvície: condição e tratamentos

O Diário - 14 de abril de 2024

Calvície: condição e tratamentos

Dra. Cristina Monteiro de Barros Médica – Dermatologista (CRM: 133.245 - RQE: 73.917)

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A calvície, ou alopecia, é uma condição que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, provocando não apenas a perda de cabelo, mas também impactando a autoimagem e a confiança de quem a vivencia. Como dermatologista, é parte do meu papel esclarecer sobre a condição e os avanços no campo dos tratamentos disponíveis.

A alopecia pode se manifestar de diversas formas, sendo a mais comum a alopecia androgenética, caracterizada pela redução progressiva dos fios em áreas específicas do couro cabeludo. Esta condição é influenciada por fatores genéticos e hormonais, afetando predominantemente o público masculino, mas também presente entre mulheres. O primeiro passo no manejo da calvície é um diagnóstico preciso, que deve considerar histórico familiar, padrão de perda de cabelo e possíveis causas subjacentes. Com este entendimento, é possível traçar uma estratégia de tratamento personalizada, que pode incluir desde medicamentos até procedimentos mais avançados.

Entre os tratamentos farmacológicos, o Minoxidil e a Dutasterida oral são frequentemente prescritos, ambos com eficácia comprovada em retardar a perda de cabelo e, em alguns casos, estimular o crescimento de novos fios. Importante salientar, o acompanhamento médico é essencial, dada a possibilidade de efeitos colaterais.

Além das opções medicamentosas, técnicas como o transplante capilar evoluíram significativamente. Procedimentos como a técnica FUE (Extração de Unidades Foliculares) permitem resultados naturais e duradouros, recuperando a densidade capilar de áreas afetadas.

Terapias adjuvantes, como a laserterapia e a terapia com luz de baixo nível (LLLT), têm ganhado espaço por seus resultados promissores em estimular a saúde do couro cabeludo e dos folículos capilares.

É essencial que o tratamento da calvície seja acompanhado por uma abordagem holística, considerando não apenas os aspectos físicos, mas também o bem-estar emocional do paciente. A decisão pelo tratamento adequado deve ser feita em conjunto com o dermatologista, levando em conta as expectativas, condições de saúde e estilo de vida do indivíduo.

Em suma, a calvície, embora desafiadora, não é mais uma condição sem esperança. Com os avanços no tratamento e uma abordagem compreensiva, é possível gerenciar a condição, restaurar a autoestima e melhorar significativamente a qualidade de vida dos afetados.