Cutiano: rodeio em cavalos setentão
O Diário - 17 de maio de 2025

Marcelo Murta
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Qual seria a maior invenção da humanidade? O carro? O avião? O computador? "Com certeza foi a doma do cavalo", escreveu o Jornalista americano Stephen Budiansky. Segundo ele na ausência deste animal a civilização haveria se perdido. O equino estava em extinção quando foi domado nas estepes da Ucrânia há seis mil anos. A domesticação do Mustang ajudou a repovoar a Europa com uma rapidez que anunciava a chegada de um novo ritmo de vida e transformação cultural. O comércio saltou milhares de quilômetros. O que seriam dos cavalos se não fossem os cowboys? De Alexandre, o Grande ao Filipe Leite, Cavaleiro das Américas, conquistadores e celebridades que fizeram a diferença na história mundial sempre tiveram seus preferidos de quatro patas. Os que não foram adaptados para cavalgadas se transformaram em atletas nas arenas. A modalidade Cutiano, de montarias em Cavalos, completa em 2025, 70 anos de existência. Invenção de Os Independentes que comemoram este ano o Barretão Setentão. Um dos mais qualificados tropeiros deste estilo foi Jorge dos Santos no início de tudo. Na década de oitenta o pecuarista Roberto Conde ficou conhecido por ser um dos melhores tropeiros de cavalos do Brasil. O competidor Gilberto Mega, era o responsável por selecionar os melhores entre eles: Bajé, Mestiço, Alegrete, Bugiu e Can Can comprados na Argentina e Uruguai. A exceção do plantel foi a famosa égua Mexe-Mexe descoberta na Bahia. A raça de indomáveis era uma mistura fina de mestiço criolo com inglês. Gilberto tinha o apoio e aval do Barcelão, diretor de Rodeios da Festa do Peão de Barretos, conhecido pela sua competência e paciência. Abraços Cavalares.