Dirigente ruralista avalia efeitos do tarifaço para região de Barretos
luis.martins - 31 de julho de 2025

Cyro comentou sobre as medidas que afetam produtos brasilerios exportados para os Estados Unidos
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O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP), Cyro Penna Júnior, comentou sobre os efeitos da tarifaço às exportações brasileiras para o mercado norte-americano. “O tarifaço do governo dos Estados Unidos a ser aplicado a produtos brasileiros entrará em vigor agora no começo de agosto, mas uma lista de 694 produtos brasileiros ficou de fora da ordem executiva assinada ontem pelo presidente Trump, o que atenua o efeito negativo no PIB brasileiro”, afirmou.
O barretense lembrou que, dentre os produtos de relevância para a região de Barretos, o suco e a polpa de laranja constam desta lista de exceção.
“Isso deve-se basicamente a dois motivos: a grande presença do suco de laranja brasileiro nos Estados Unidos, que é de 60%, ou seja, cerca de 60% do consumo americano tem como origem produtiva Brasil e não podemos esquecer que 80% da laranja brasileira é produzida no chamado cinturão citrícola, localizado no Estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro e a região de Barretos, está entre as 10 maiores regiões produtoras”, explicou.
“Em segundo lugar, é preciso considerar que a cadeia produtiva da laranja brasileira tem pesados investimentos nos Estados Unidos, portanto, a exclusão da laranja e seus derivados atende aos interesses americanos e atua também como uma tábua de proteção aos investimentos das empresas brasileiras nos Estados Unidos”, disse.
Ainda de acordo com Cyro, a carne, o etanol, o açúcar e o café - apesar deste último item não ter produção relevante na região de Barretos - e demais frutas não estão entre as exceções e serão taxados em 50%, mas com prejuízos de menor monta comparados aos que poderiam afetar o setor citrícola.