Lula e Bolsonaro, e seus respectivos asseclas, não se importam conosco, povo brasileiro. Isso fica muito claro no atual cenário de profundo atrito com os Estados Unidos, nosso tradicional aliado. O cenário que culminou na famigerada tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para o país ao norte do Rio Grande – praticamente uma sanção econômica – foi construído a quatro mãos, por Lula e Bolsonaro. 

Enquanto o primeiro, imbuído de um espírito quixotesco, tece provocações gratuitas ao genioso presidente norte-americano, supostamente em defesa dos BRICS – que deixaram o Brasil “falando sozinho” –, o segundo, através de seu filho, tem mantido contatos com assessores do presidente Donald Trump visando a imposição de sanções ao Brasil, e, abertamente, sabotando as tentativas de evitar tais sanções, tudo para tentar salvar-se de uma prisão cada vez mais iminente. No meio dessa fogueira das vaidades, quem sofre é o povo brasileiro. Mas eles não se importam.

Alexandre de Moraes também não se importa, no caso, com a democracia, que jura defender. Inclusive, ouso dizer – e hoje em dia isso é, de fato, uma ousadia – que atualmente, em razão de sua conduta despótica na condução de diversas ações penais no STF, maculada por gritantes ilegalidades, o Ministro representa um perigo para o Estado Democrático quase tão grande quanto àquele que Bolsonaro representou em anos recentes. Mas ele não se importa. 

Os congressistas tampouco se importam. São barulhentos, hiperbólicos, têm se postado como verdadeiros defensores das liberdades e dos interesses de seus eleitores, mas na verdade, por trás das selfies e dos cortes para as redes sociais, eles, em sua maioria, só se importam com os seus próprios benefícios, com suas polpudas verbas de gabinete e com suas emendas parlamentares pouco transparentes. Isso fica evidente, por exemplo, com a aprovação pela Câmara do número de deputados, dos atuais 513 para 531. Mas eles não se importam. 

Eles, os agentes públicos, encastelados no planalto central, não se importam com o sofrido povo brasileiro, esse conjunto de “pequenos tiranos” e “pessoas inconvenientes”.