Especialista orienta sobre exercícios com baixa umidade do ar
luis.martins - 25 de agosto de 2025

Alain Guimarães é professor de Educação Física (Foto: Divulgação)
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O professor Alain Guimarães, especialista em Atividade Física na Saúde Humana, alerta que essa época do ano exige atenção redobrada para a prática de exercícios físicos.
“Quando a umidade do ar está abaixo de 30%, o organismo enfrenta maior dificuldade em manter a hidratação adequada das vias aéreas e da pele. Isso aumenta a incidência de irritação ocular, ressecamento das mucosas, maior risco de alergias respiratórias, crises de asma e até infecções respiratórias. Durante a prática, a demanda por oxigênio é maior, o que intensifica esses efeitos e pode comprometer a performance e a saúde”, explica.
Além disso, ele ressalta que em dias de calor intenso e clima seco, o corpo perde mais líquidos através da transpiração, elevando o risco de desidratação, queda da pressão arterial, tontura, dores de cabeça e até episódios de exaustão térmica. “Atenção especial para os esportes ao ar livre como corrida de rua, pedalar, beach tênis, voleibol de areia, futebol, dentre outros, pois são esportes que requerem mais atenção, expondo o praticante a um esforço físico somado às condições ambientais adversas. O ar seco prejudica a troca gasosa, tornando a respiração mais difícil, enquanto a alta temperatura pode acelerar a fadiga muscular e cardiovascular”, completa.
Segundo o professor Alain, entre os cuidados especiais estão a hidratação constante (antes, durante e após o treino); horários adequados (evitar treinar entre 10h e 16h); optar por treinar em locais arborizados e mais úmidos, (como exemplo a Região dos Lagos); uso de roupas leves (tecidos que facilitem a transpiração e protejam contra o sol); atenção aos sinais do corpo para eventual interrupção em caso de tontura, dor de cabeça, fadiga excessiva e falta de ar).
“A recomendação final é que, embora a prática regular de atividade e exercícios físicos, sejam fundamentais para a saúde, é importante lembrar que ela deve ser adaptada às condições climáticas. No período de baixa umidade do ar, a prioridade deve ser, preservar a segurança do praticante, ajustar a intensidade do treino, priorizar a hidratação e respeitar os limites do corpo, são atitudes que garantem a continuidade dos benefícios da prática sem expor riscos à sua saúde”, orienta o especialista.