Entardecemos perplexos após o pedido de demissão do presidente do BEC, Jailton Rodrigues dos Santos, nesta quarta-feira. O fato aconteceu poucas horas depois deste cronista enviar o texto para a redação e o conteúdo não “envelheceu”. Pelo contrário, é motivador. Segue:

Incerto e inseguro. Batido, combalido, cambaleante, fragilizado, desacreditado e uma sensação ruim de que pela primeira vez deixaria de disputar neste ano o Campeonato Oficial de Divisão da Federação Paulista de Futebol, pedindo licença formalmente a entidade maior do futebol do Estado. Essa era a situação do Barretos Esporte Clube no início do ano.

Todavia – poxa (lembrei-me agora do saudoso colega José Carlos Lima que gostava de usar muito esta conjunção), o Touro do Vale foi a campo. Num trabalho de superação formou-se uma diretoria, um time foi constituído e as incertezas ficaram para trás com um futebol bem encaixado que o fez avançar na competição chegando entre os oito melhores, ainda que na reta final da fase de classificação tenha oscilado.

Não passou mais uma vez pelo enorme Jaú, que se agigantou na sua frente em 3 embates, com saldo melhor para o adversário. E aqui reproduzo uma mensagem que enviei no sábado passado logo pela manhã para 2 diretores do BEC: “não esmoreçam. Nem sempre em campo, pois se trata de jogo, é possível ganhar tudo. Infelizmente pecou-se em erros individuais de jogadores que afetaram o avanço. Mas é preciso valorizar o que Vocês fizeram. Assumiram em condições desfavoráveis e conseguiram agregar. Além disso o BEC foi para a disputa de uma Divisão nova em que requereu-se muita habilidade para formar o time que rendeu ótimos momentos de felicidade para o torcedor. A vida segue”.

Eu havia apontado antes do início das quartas de final que não via nenhum favorito. Observemos então que dos quatro semifinalistas, 3 são da linha abaixo do G4. Só a Francana, primeira colocada, avançou. Com riscos, pois foram 2 empates com a Barbarense com muito sofrimento na partida de volta.

Assim, penso que podemos fazer melhor em 2025, pois passamos pela experiência de um novo modelo de certame. A campanha do BEC e o trabalho da diretoria na A4 2024 foram lindos. O astral voltou. A Fúria Jovem e a empolgação voltaram. Tivemos jogos eletrizantes, marcantes, com gols, com alegria, emoção e vibração. O BEC se renovou das cinzas depois de uma queda de A3 em 2023. Ressurgiu ali, como a Flor de Drummond, que embora apresentada como feia, brotou na Rua para furar o asfalto, o nojo, o tédio e o ódio. Vamo que vamo!

Patrício Augusto