A política exige experiência, fruto de vivência e prática, paciência e persistência, atendendo exigências de atenção, de assimilação e de discernimento. Por isso mesmo, os principiantes desconhecem a ciência e a arte, esperando uma outra oportunidade para levar adiante a missão de entender normas e conceitos de governo. 

A atividade política barretense deve fugir do desgastado jogo de “nós contra eles” que tem alimentando comunidades, sociedades e agremiações. Principalmente quando se trata do desenvolvimento municipal, a cidade é uma torcida organizada e não grupos inimigos em conflito. O projeto maduro está baseado na capacidade de diálogo, de escuta, de acolhimento de ideias, superando monólogos, imposições e distanciamento. 

A ausência de tempo para construir propostas coletivas não pode ser desculpa para a inabilidade, para a incapacidade gestora e para a impossibilidade de articulação política. Se é claro que a política exige tempo para ouvir, expor e refletir, a agenda não pode ficar limitada tão somente aos assuntos do governo e ser sempre ampliada para os mais diferentes setores sociais e coletivos.

O loteamento de cargos e funções para “composição estratégica” acaba impondo “reduto” que serve tão somente as ambições setoriais, com visão exclusiva para a próxima eleição, sem atentar para as necessidades urgentes do bem comum. Fazer da cidade um sistema baseado em “zonas coloniais” sempre impedem um desenvolvimento sustentável, fazendo “inchar a máquina” sem observar focos de resultados positivos.

Nem sempre o político local consegue ver todo mundo, do mesmo modo como todo mundo vê. Mas o amadurecimento político não é opcional quando se trata de assegurar o crescimento da cidade ou quando alavanca melhor qualidade de vida para a população. Sem lideranças maduras, articuladoras e consistentes, apenas se consegue “marcar passo” e adiar o sonho de progresso sustentável.