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“Felizes os que promovem a paz” – O Evangelho na construção da convivência

Diocese de Barretos - 5 de setembro de 2025

“Felizes os que promovem a paz” – O Evangelho na construção da convivência

“Felizes os que promovem a paz” – O Evangelho na construção da convivência

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Por Padre Pedro Lopes - Vigário Paroquial São Miguel Arcanjo – Miguelópolis-SP

Vivemos tempos difíceis. As pessoas discutem por política, religião, futebol, e às vezes até dentro da própria casa as famílias estão divididas. Em meio a tudo isso, o Evangelho se levanta com uma palavra forte e clara: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9). Jesus não disse “Felizes os que evitam conflitos”, mas sim os que promovem a paz. Isso exige atitude. Promover a paz é agir para que o diálogo supere a gritaria, para que o perdão vença a raiva, para que a escuta substitua o julgamento. E tudo isso começa nas pequenas coisas: num bom dia dado com sinceridade, numa resposta menos agressiva, num esforço de compreender o outro em vez de apenas revidar. As bem-aventuranças, onde essa frase está inserida, são o retrato do cristão verdadeiro. Elas mostram que a felicidade não está onde o mundo costuma buscar: no poder, no dinheiro, no sucesso, mas sim no coração humilde, misericordioso e pacificador. E isso não é teoria bonita: é prática concreta de vida. Promover a paz também significa trabalhar pela justiça, acolher os que sofrem, construir pontes onde há muros. E isso vale para todos os ambientes: desde os relacionamentos em casa até os debates nas redes sociais. Quantas vezes ferimos os outros com palavras duras e julgamentos apressados! E depois ainda dizemos que somos cristãos… Jesus nos chama à coerência. Se queremos ser reconhecidos como filhos de Deus, precisamos parecer com Ele. E Deus é paz, é reconciliação, é amor que une. Ser pacificador é uma missão exigente, mas necessária. Em um mundo que valoriza os gritos, Jesus nos ensina o valor do silêncio que constrói. Ser pacificador não é ser passivo ou omisso. É ser firme no que é certo, mas sem perder o respeito pelo outro. É mostrar que o Evangelho pode transformar corações e relações. Quem vive assim, espalha luz — mesmo sem dizer uma palavra. Que possamos ser construtores da paz, a começar em nós mesmos. Porque só quem vive em paz consigo é capaz de levá-la aos outros. E aí, sim, seremos verdadeiramente felizes.