GAECO realiza Operação Ostentação contra organização criminosa na região de Barretos
Roberto José - 15 de abril de 2025

GAECO realiza Operação Ostentação contra organização criminosa na região de Barretos
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Esquema subtraiu R$ 25 milhões do Banco Inter por mais de 400 vezes
O Ministério Público (GAECO), com o apoio da Polícia Militar (BAEP), deflagrou na manhã desta terça-feira (15), a Operação Ostentação com o objetivo de desarticular e colher elementos de prova de uma organização criminosa que fraudou o Banco Inter mais de 400 vezes.
O núcleo da organização é composto por membros de duas famílias da cidade de Monte Azul Paulista, no interior do Estado, mas diversas outras pessoas da região tiveram participaram do esquema. Ao todo, eles subtraíram do banco uma quantia de mais de R$ 25.000.000.00 (vinte e cinco milhões de reais) divididos em 414 transações fraudulentas, inclusive por meio de contas abertas com documentos pessoais falsos.
Estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e 1 mandado de prisão nas cidades de Pitangueiras, Paraíso, Bebedouro, Barretos e Catanduva.
A operação conta com o apoio de 9 viaturas e 36 policiais militares do 9º BAEP de São José do Rio Preto e 11 viaturas e 44 policiais militares do 11º BAEP de Ribeirão Preto, totalizando 20 viaturas e 80 policiais.
Estão sendo apreendidos telefones celulares, dispositivos eletrônicos e documentos. Além das apreensões, foi determinado bloqueio judicial de valores, imóveis e veículos existentes em nome dos investigados para que possam depois servir como garantia do ressarcimento da vítima.
O nome da operação faz referência ao estilo de vida levado pelos
integrantes do núcleo da organização, que ostentam padrão elevado e exibem carros de luxo em redes sociais.
As investigações apontam que o valor é resultado de ao menos 414 transações fraudulentas realizadas no Banco Inter em um período de um mês, segundo o promotor Fábio Meneguelo Sakamoto. "Eles cooptaram muita gente, usaram documentos falsos, criaram contas de pessoas física e jurídica com documento falso, daí eles começaram a fraudar o banco dessa maneira. Ao todo, foram 414 transações entre janeiro e fevereiro de 2021. Somando todas essas transações, eles conseguiram subtrair do banco uma quantia superior a R$ 25 milhões", explicou o promotor.