O Hemonúcleo do Hospital de Amor, principal banco de sangue da região, necessita de 60 doações diárias para manter os estoques adequados. No entanto, atualmente, o número de doadores não ultrapassa 25 por dia. A unidade é responsável pelo abastecimento de sangue do Hospital de Amor, Hospital Nossa Senhora, Santa Casa, UPA, dois hospitais particulares da cidade e quatro da região.
Durante a produção desta reportagem, apenas quatro doadores estavam presentes, incluindo um colaborador da instituição que atendeu ao chamado devido à escassez do tipo O negativo, o mais requisitado por ser universal. Outros tipos também estão em situação parecida, como o O positivo.

Segundo Ana Paula Borges, coordenadora da unidade, o aumento nos casos de dengue, covid, e até resfriados, têm colaborado para a queda das doações. A maior preocupação é repetir a situação enfrentada em outubro de 2024, quando cirurgias precisaram ser canceladas por falta de sangue. “Muitos fatores impedem a doação, como uso de medicamentos e alterações no hemograma. Precisamos preservar a saúde do doador, então, nem sempre ele está apto no dia em que comparece”, explica Ana Paula.
Com a queda nas doações, o Hemonúcleo consegue atingir apenas 58,33% do volume necessário, aumentando o risco de desabastecimento para pacientes que precisam de transfusões. “A queda nas doações tem impactado bastante nossos estoques, e já estamos preocupados com o feriado prolongado que se aproxima, pois há um aumento no número de acidentes nas rodovias, o que agrava ainda mais o cenário”, finaliza ela.
Dentre os requisitos para doação estão: estar em boas condições de saúde; pesar acima de 50 quilos; ter entre 16 e 69 anos. As restrições temporárias são: gripes e resfriados, aguardar sete dias após a cura, dengue comum aguardar 30 dias após a cura, dengue hemorrágica, seis meses, Covid-19 aguardar 10 dias após a cura. Uso de antibióticos: aguardar 15 dias após o término do tratamento.