A fábula “O Velho, o Menino e o Burro” ilustra bem a dificuldade de agradar a todos. Os personagens, ao conduzirem um burro, são criticados em todas as escolhas que fazem. A lição é simples, mas poderosa: não é possível satisfazer todas as opiniões ao mesmo tempo.

Esse ensinamento se aplica diretamente à imprensa profissional, que enfrenta críticas constantes, seja pela forma como informa, pelos temas que escolhe ou pelas posições que assume. No entanto, seu papel não é agradar, e sim servir ao interesse público com responsabilidade e ética.

Informar com base em fatos verificados, fiscalizar o poder, promover o debate e dar visibilidade a problemas sociais são funções essenciais do jornalismo. Em uma democracia saudável, esses compromissos são inegociáveis.

Naturalmente, essa postura gera desconforto, especialmente entre aqueles que preferem agir longe dos olhos do público. Mas a imprensa não deve ceder às pressões. Deve, sim, manter-se fiel à verdade, mesmo que isso desagrade a alguns.

Em todo o Brasil e em Barretos em particular, a imprensa segue como pilar fundamental da cidadania — não por agradar, mas por informar, investigar e representar a sociedade com coragem e integridade.