A vacinação é uma das ferramentas mais eficazes da saúde pública, salvando milhões de vidas todos os anos. No entanto, sua efetividade depende diretamente da adesão da população às campanhas previstas no Calendário Nacional de Vacinação. O recente levantamento divulgado pela Prefeitura de Barretos acende um sinal de alerta: apenas cerca de duas mil crianças e adolescentes, de um total estimado de sete mil na faixa etária de 10 a 14 anos, procuraram as unidades de saúde para tomar a primeira dose da vacina contra a dengue.

Essa baixa adesão compromete a eficácia da campanha, especialmente porque o esquema vacinal completo exige duas doses aplicadas com intervalo específico, sendo esse o protocolo que demonstrou maior proteção contra casos graves e hospitalizações pela doença.

A responsabilidade pela imunização é compartilhada entre o poder público e os cidadãos. No entanto, cabe à administração pública não apenas disponibilizar os imunizantes, mas também investir em campanhas permanentes e abrangentes de informação e conscientização. A população precisa entender por que, quando e onde vacinar.

Investir em informação é investir em prevenção. Utilizar todos os meios de comunicação disponíveis — escolas, mídias, agentes comunitários, redes sociais — é obrigação de um governo comprometido com a saúde. Vacina salva vidas, mas só cumpre seu papel quando chega no braço certo, na hora certa.