IF desenvolve pesquisas em atendimento às demandas da cadeia produtiva com recursos públicos
Roberto José - 28 de abril de 2024
Professor Sérgio Azevedo que coordenada a Embrapii Foto – Tininho Júnior
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Bactérias isoladas pelo grupo de pesquisa GEPEDbio do IFSP Barretos já demonstram potencial como inoculantes para cana-de-açúcar
Os Institutos Federais tem como finalidade o desenvolvimento de pesquisas aplicadas em atendimento às demandas da cadeia produtiva local, como indústrias, comércio e outros setores. A instituição contribui através da infraestrutura e dos recursos humanos (pesquisadores) da unidade, que são recursos públicos, para o desenvolvimento de soluções tecnológicas para a iniciativa privada. “Desta forma nós compartilhamos com a empresa parceira, os custos e os riscos no desenvolvimento de uma nova tecnologia ou na melhoria de uma tecnologiaja existente”, explicou Sérgio Vicente de Azevedo, professor do Instituto Federal e diretor-geral da Unidade Embrapii do IFSP.
O professor explicou que em Barretos são desenvolvidas pesquisas para a indústria do agro, especialmente no desenvolvimento de bio insumos. “A utilização utilização dos bioinsumos tem a função de proteger as plantas ou induzi-las a um aumento de produção. Tudo foca no aumento da produtividade e no crescimento da planta”, explicou.
O diretor-geral da Unidade da Embrapii, Sérgio Azevedo, explicou que o Instituto Federal atua em todas as etapas de desenvolvimento de uma tecnologia, desde pensar a tecnologia, validá-la em laboratório, válidá-la em ambiente relevante, piloto e produto final. No desenvolvimento de um produto todas as etapas são importantes “Dificilmente algo que dá errado em laboratório dará certo no campo, e nem sempre coisas que dão certo em laboratório darão certo no campo”, disse o líder do grupo de pesquisa GEPEDbio.
O Instituto Federal de São Paulo, CâmpusBarretos, faz parte de um consórcio com cinco instituições, que é liderado pelo professor dr. José Eduardo Marcondes do Instituto Biológico de Campinas, além da FATEC de Pompeia, UNIARA e Instituto de Economia Agrícola. “Neste consórcio a gente trabalha com produtos para o controle do bicudo na cana-de-açúcar que é financiado por quatro grandes players do mercado, orçado em mais de R$ 4 milhões para desenvolvimento de produtos focados no mercado da cana. Aqui em Barretos, nesse projeto já selecionamos quatro bactérias que demonstraram já em avaliações em lavouras que são promissoras para desenvolvimento desta cultura", afirmou.