Inteligência em declínio
O Diário - 18 de abril de 2024
Mario Luiz RibeiroAdvogado, professor universitário, Mestre e Doutor em Direitoe-mail: [email protected]
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Em decorrência do impacto das Tecnologias de Informação e Comunicação digitais o ser humano tem sido afetado tanto na vida pessoal quanto em sociedade.
Nos Estados Unidos, algumas Universidades realizam a aplicação do teste de QI (quociente de inteligência), e compara os resultados com anos anteriores. Entre 1932 e o final do século XX constatou-se que as pontuações de QI aumentaram substancialmente, com diferenças que variaram de três a cinco pontos de acréscimo a cada década.
Mas novos estudos da norte-americana Northwestern University apontaram que a partir de uma grande amostra dos EUA entre 2006 e 2018, houve uma significativa queda para os domínios dos campos cognitivos.
A princípio os trabalhos desenvolvidos apenas aplicavam o teste padrão e o agregava a uma linha histórica, sem propor profundas análises nos resultados.
No entanto, a partir do momento em que tais resultados evidenciando o declínio foram divulgados surgiram justificativas iniciais, que vão desde má nutrição, a deterioração da saúde, exposição aos meios de comunicação e mudanças na educação.
Paralelamente, vários pesquisadores das ciências sociais afirmam que a vida em sociedade sempre funciona de modo pendular, ou seja, ora avançamos em um sentido, e na sequência, nos direcionamos ao lado inverso.
De certo modo, isso explica que após a Grécia dos pensadores tivemos sob o domínio dos Romanos que, violentamente jogavam pessoas para os leões. Ou seja, a inteligência sucumbindo ao domínio da violência. Na atualidade, movimentos violentos, preconceituosos e em oposição às ciências, têm se sobreposto à paz, a honestidade, ao respeito, à vida, e outros contrassensos em geral, são exemplos disso.
O pensamento, o conhecimento, a inteligência são elementos que provocam a mudança de patamar do ser humano, tanto individualmente quanto do ponto de vista social.
Diante de um quadro de declínio, cabe aqui a pergunta de ouro: a quem interessa a diminuição dos índices de inteligência padrão?
Mario Luiz Ribeiro
Advogado, professor universitário, Mestre e Doutor em Direito
e-mail: [email protected]