A 3ª Vara Cível de Barretos determinou a intervenção da Fundação de Educação e Telecomunicação de Barretos, mantenedora da emissora Vale TV.

A decisão foi proferida em ação ajuizada pelo Ministério Público, através do promotor de Justiça, Wilson Rogério de Souza. “Em razão do fechamento e não havendo perspectiva concreta para o retorno das atividades, foi ajuizada ação pelo Ministério Público”, explicou o promotor.

Ao conceder a antecipação de tutela, na ação proposta pelo Ministério Público, o juiz Matheus de Souza Parducci Camargo, da 3ª Vara Cível, determinou “o afastamento imediato dos atuais membros da Diretoria Executiva e dos Conselhos Fiscal e de Programação da Fundação de Educação e Telecomunicação de Barretos”.  Também nomeou, como interventor judicial, com atribuições administrativas e financeiras, Claudiné Roberto Pereira. Ainda conforme a decisão judicial, o interventor, após sua nomeação, deverá apresentar “plano de ação para reorganização administrativa e financeira da entidade, no prazo de 30 dias”.

A previsão é de que a intervenção se efetive até o início da próxima semana.  A reportagem entrou em contato com o interventor nomeado, Claudiné Roberto Pereira, mas que preferiu, neste primeiro momento, não se manifestar, até que assuma efetivamente o cargo.

ENTENDA

A crise financeira da Vale TV agravou-se em julho deste ano, quando a CPFL cortou, no dia 10 daquele mês, a energia do prédio da emissora, situado no bairro Pimenta. Desde a então, a TV está fora do ar.

Em comunicado divulgado à época, a Vale TV informou somente que “devido a problemas técnicos”, o canal 32.1 estava fora do ar e que, enquanto a situação não estivesse resolvida, os telejornais poderiam ser acompanhados pelas redes sociais da emissora.

OUTRO LADO

A reportagem de O Diário entrou em contato com o presidente da diretoria executiva da Fundação, que é o advogado Edson Flausino Silva Júnior.

Ele informou que ainda não foi citado da decisão judicial, em caráter liminar. Também esclareceu que a TV está fora de operação “por força de dívidas herdadas da antiga gestão”, além da ausência de repasses publicitários do município que foram interrompidos durante vigência de lei que reduziu os investimentos da prefeitura na comunicação institucional. “No momento oportuno vamos nos manifestar e trazer todas as informações”, finalizou o advogado.