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Lista de transplantes de órgãos no Brasil

O Diário - 16 de abril de 2024

Lista de transplantes de órgãos no Brasil

Lista de transplantes de órgãos no Brasil

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Para participar da lista de espera de transplante, o médico do paciente precisa cadastrá-lo na Lista Única Nacional, a qual é válida tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada. Os pacientes são separados de acordo com o órgão que necessitam, entrando em uma lista única que tem ordem cronológica de inscrição, porém os critérios específicos variam de acordo com o órgão a ser transplantado.

Por exemplo, o rim é o órgão mais transplantado no Brasil, seguido do fígado e do coração. A “fila” de transplante renal segue alguns critérios, além da ordem cronológica de inscrição, como: compatibilidade sanguínea, compatibilidade genética, relação antropométrica (peso e altura entre doador e receptor), situação de gravidade (quanto maior a gravidade, maior a prioridade) e idade (crianças têm prioridade em relação a adultos e quando o doador é outra criança).

Para ser um doador de órgãos não é necessário declaração escrita em vida, seja em testamento ou algum cadastro de doadores. A autorização da doação em caso de morte encefálica ocorre pelos familiares mais próximos que devem estar cientes sobre o desejo da doação. Em caso de doação em vida, é permitida a doação gratuita de tecidos, órgãos e parte do próprio corpo para fins terapêuticos ou para transplantes, para cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau. Se for doação para outras pessoas, somente é permitido mediante autorização judicial e avaliação da Central de Transplantes e da Comissão de Ética do hospital. Vale ressaltar que o paciente tem o direito de recusar o transplante ofertado e não perder seu lugar na lista, e então o órgão será encaminhado para o próximo da lista que for mais compatível.

Enquanto os pacientes com insuficiência renal crônica aguardam na “fila” do transplante, eles geralmente fazem hemodiálise ou diálise peritoneal, porém os pacientes com insuficiência hepática ou cardíaca não possuem tratamento clinico para substituir a disfunção destes órgãos, portanto a lista de transplante para esses órgãos tem como principal critério a gravidade da insucifiência deles.

Beatriz Guimarães de Paula Semilha Gonçalves, estudante do 5º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Gustavo Frezza