Mês do Ramadan – Parte 2
O Diário - 8 de março de 2025

Girrad Mahmoud Sammour | Advogado, presidente da Associação Nacional de Juristas Islâmicos-Anaji, vice-presidente da Mesquita de Barretos
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Dando continuidade ao tema do jejum do Ramadan, não basta apenas deixar de comer e beber se a pessoa não faz o jejum principal, que é o da alma, onde deve se abster de usar má linguagem, levantar a sua voz, comportar-se estupidamente, fofocar, fazer intrigas, brigas, agressões, devendo recatar seu olhar de qualquer ato ilícito. O Profeta Muhammad SWS disse: “Se uma pessoa não se abstém de mentir e de praticar atividades indecentes, Deus não deseja que se abstenha de comer e de beber.” E disse ainda: “O silêncio do jejuador é glorificação, seu sono é culto, sua prece é atendida, seus atos são recompensados em dobro e seu pecado é perdoado.”
Além de exercitar a fé, o jejum é uma dieta alimentar, elimina os resíduos e o excesso de umidade dos intestinos, reduz o índice de açúcar no sangue, revitaliza a circulação, reduz o colesterol, organiza e regula a pressão arterial, dá descanso ao coração, além de ajudar na cura dos males da pele, uma vez que diminui o índice de água no corpo e no sangue, dentre vários outros benefícios, sendo cura para as doenças. O Profeta Muhammad SWS disse: Jejuem e se curem das doenças!
Diversos são os benefícios deste mês que é uma escola para todos os muçulmanos, fortalecendo o domínio da razão sobre os impulsos cegos dos sentimentos, aproveitar o tempo, ensinando ao homem a disciplina, a paciência, autocontrole, domínio da arte de se adaptar, sentimento humanitário e de solidariedade.
A verdadeira adoração significa desistirmos de violar a Lei de Deus, por temor e amor a Ele, buscando realizar atividades que O agradem, e refreando-nos quanto às que não O agradam, caso contrário, estaremos apenas causando uma inconveniência desnecessária ao nosso estômago.
Além de ser uma revisão, um balanço das nossas vidas, onde devemos nos perguntar se estamos agindo de acordo com o que agrada a Deus ou não. Nos perguntar o que estamos fazendo para matar a fome daqueles mais necessitados? E, por fim, procurarmos corrigir os nossos passos e atitudes, a fim de nos aproximarmos ao máximo daquilo que agrada a Deus e beneficia as pessoas e toda a sociedade.