Mortes por dengue não são fatalidades
O Diário - 24 de abril de 2025

Mortes por dengue não são fatalidades
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A confirmação de duas mortes por dengue em Barretos, cujas vítimas foram uma criança de um ano e uma mulher de 56, é fato de extrema gravidade, que não pode, sob nenhuma hipótese, ser entendida como mera fatalidade.
Não se trata de apontar culpados pela tragédia que se abateu sobre duas famílias, que perderam seus entes queridos em decorrência de complicações causadas pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Mas sim de cobrar uma reação conjunta, que envolva o poder público e a comunidade em geral.
Afinal, até quando vidas serão perdidas devido a uma doença que poderia ser evitada, desde que houvesse consciência coletiva de saúde pública?
O que se espera é que o luto dessas famílias sirva ao menos de lição e de alerta para evitar uma nova epidemia de dengue no período do verão 2025/2026.
O governo, em todas as suas esferas, deve fazer campanhas educativas, cuidar da limpeza urbana e fiscalizar locais com focos do mosquito. A população deve eliminar água parada, manter quintais limpos e denunciar possíveis criadouros. Somente com esforço conjunto, que incluem ações relativamente simples, mas contínuas, é possível prevenir a doença e proteger a saúde de todos.