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Mudar é preciso

O Diário - 21 de maio de 2025

Mudar é preciso

Rosa Carneiro é empresária e presidente da Academia Barretense de Cultura

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Muito se fala de mudança, tirar as arestas, melhorar o ano que já chegou. Mudar pode ser de casa, lugar de origem, ou seja, levar o lar de um lugar para outro. Isso é muito comum, e não há quem não experimenta grande pesar e tristeza.
Muda-se por vários motivos, uma casa maior, pois a família aumentou, ou uma casa bem menor quando os filhos se casam. Pela segurança, pode ser um apartamento, e muitas razões e motivos inerentes à necessidade de cada um.
A mudança mais doída é aquela feita por precisão. A velhice chega e a segurança e proteção são necessárias. Escadas nem pensar, casa ampla também não.  E lá se vai para um espaço pequeno, mas sem aquele aconchego do lar. Por um tempo é normal um estranhamento, mas logo vem a adaptação.
Juntam-se muitos objetos nas gavetas, armários e closet. É chegada a hora de se desfazer de tudo ou quase tudo, desapegar-se. Muitas doações são realizadas e isso é muito bom e também revestir o sofá, envernizar mesas e cadeiras, trocar colchões, louça nova...
Transformação, vida nova, tudo novo, cheirinho de flores nos vasos, mas somente nos vasos, pois elas ficaram no jardim da antiga casa. Sempre dói no coração, mas vale a pena a continuidade dos ciclos da vida.
A transição é difícil, uma loucura, pois ninguém imagina a quantidade de objetos que possui, sofás, geladeira, guarda-roupa. E agora vem a questão: onde colocar tudo isso no apartamento ou na casa pequena? Há um segredo: doar e desapegar.
O que não se usou na casa grande, não vai utilizar na casa pequena. É o momento da doação. O que é doado é revertido para o próprio benefício. É uma espécie de bumerangue, vai, mas volta!
Não junte tesouros materiais. Concentre-se em acumular tesouros espirituais.
Na ida, não se leva nada além do espírito.