Em 2025, uma pesquisa recente publicada pela Harvard Business Review observou como as pessoas estão utilizando a Inteligência Artificial em seu cotidiano. O estudo revelou que, entre as diversas utilizações de IA, o uso para terapia e companhia digital estão em primeiro lugar. No Brasil, já são doze milhões de pessoas que usam a inteligência artificial para fazer terapia, segundo dados do UOL com base em um relatório da Talk Inc, empresa de pesquisa especializada em estudos do comportamento. A sociedade busca alternativas de suporte emocional, e a IA tem ganhado destaque pela promessa de acesso fácil e ilimitado, e muitos  pesquisadores, veem como uma solução viável para preencher as lacunas em um tratamento psicológico. Contudo, à medida que a IA vem crescendo no campo da terapia, especialistas, mantém a posição de que a saúde mental deve ser tratada com atenção, ética e, principalmente, com apoio humano de qualidade e profissional. E com as vulnerabilidades emocionais e fragilidades sociais vivenciadas pelas pessoas, acabam criando o vínculo com uma IA, que promove uma sensação de acolhimento, parecendo dar compreensão e atenção, ao que busca, pois irá utilizar de suas próprias informações, para reforçar o que quer ouvir. Buscar terapia tem o objetivo de se ter reflexão consciente, obtidas através da experiência, estudos, sempre observando os variados domínios da realidade, considerando o eu e os outros, pois vivemos em sociedade, e o autorreconhecimento se faz frente ao olhar do outro. E a terapia traz coragem para enfrentar as realidades da vida. Portanto, a IA deve ser vista como um algoritmo que vai reforçar a sua individualidade, e de nenhuma maneira, substitui o olhar humano, a escuta qualificada e o conhecimento técnico dos profissionais de saúde mental. A liberdade requer um mundo de todos.