Quanto menor a cidade, maior a presença efetiva da prefeitura e legislativo. Hoje o Brasil tem 5.571 municípios O cientista político Humberto Dantas argumenta que “viver nas cidades é, em linhas gerais e a despeito de certas diferenças em termos de diversidade, viver junto”. Com as transformações sociais, culturais, econômicas e políticas, prefeito e vereador têm tarefas ampliadas, envolvendo não apenas a infra estrutura municipal, fundamental, mas a gestão de qualidade de vida, essencial. O conceito de que a máquina pública arrecada para sustentar a máquina pública contraria princípios democráticos e éticos, de justiça social e direitos comunitários.

Uma cidade do porte médio como Barretos – uma estância turística com dados impactantes em agosto devido a Festa de Os Independentes – requer dos gestores uma capacidade de “imersão” cotidiana no ambiente social. A cidade exige obras físicas, de mobilidade e trânsito, água e esgoto, moradia, educação e saúde. A obra na via Necker de Camargos demora, mas é estratégica ao desenvolvimento. As demandas são praticamente inesgotáveis, nem sempre com recursos suficientes para as exigências imediatas.

Há ainda exigência humana e coletiva que não pode ser ignorada. A participação ativa nos eventos sociais, de unidade comunitária, de aglutinação familiar, que fomentam relacionamento humano e fraterno, independente de credo religioso, de posição partidária e devoção esportiva. O apoio na infraestrutura logística, nas operações de acesso e trânsito, a colaboração ambiental e sanitária são tarefas efetivas para a participação sólida e consistente do poder público municipal.

Entender cada vez mais e melhor o lugar onde o cidadão mora é conceito democrático, libertador e de justiça. Os gestores públicos devem ser os primeiros a cultivar as mais belas marcas de uma terra como Barretos.