A imprensa ergue um grande espelho para o barretense e deixa que cada um se contemple a si mesmo, com suas características, fisionomia e estrutura. Serve também de vidro de uma janela, para deixar ver o que se passa do outro lado. O jornalista Monteiro Filho lançou o Diário em abril de 69 disposto a apresentar as diferentes condições, cenários e conceitos, revelando as práticas cotidianas, o contexto sanitário, hábitos sociais e culturais, a produção industrial e rural, a música e pinturas, a maneira de fazer festas e rodeio.

Um jornal diário é compelido a prestar muita atenção aos fatos e os discursos, as imagens e o não dito, para permitir compreensão do coletivo, do comunitário, do fraterno. A missão é trabalhar em sociedade gráfica para ilustrar o conhecimento, numa tarefa de registar os fatos antes que seja tarde demais.

A busca permanente de apontar os conflitos que geram debate democrático e soluções novas e criativas, surge paralelamente ao esforço de reduzir os confrontos que polarizam, condenam e eliminam o entendimento e a paz. 

A imprensa barretense segue seu desejo e sua finalidade de apurar as crenças barretenses mais profundas e as convicções mais caras e nobres, para fomentar o desenvolvimento consciente, lúcido, excluindo as fantásticas superstições que impedem o ideal que “somos todos irmãos”.