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O risco de se chegar diante de Jesus, o justo Juiz, de mãos vazias

Diocese de Barretos - 26 de junho de 2024

O risco de se chegar diante de Jesus, o justo Juiz, de mãos vazias

O risco de se chegar diante de Jesus, o justo Juiz, de mãos vazias

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(Por: Diácono Lombardi)

Nós, católicos, cremos na ressurreição. E nossa fé professamos de público, nas missas dominicais e quando for necessário e prescrito: “Creio na ressurreição da carne e na vida eterna” (Símbolo dos Apóstolos), ou “Espero a ressurreição dos mortos e o mundo que há de vir” (Símbolo Niceno-Constantinopolitano).

Jesus, que é Deus, rebatendo os saduceus, afirmou categoricamente que Ele é Deus dos vivos, e não de mortos (Mateus 22,32). Há milhões de pessoas que pensam que os céus estão vazios, só com Deus e os anjos, porque todas as pessoas que morreram só vão ressuscitar no fim do mundo, na volta de Cristo com todo seu poder e glória.

Nós acreditamos que os céus estão cheios de pessoas do bem, santificadas. pois estão face a face com a Santíssima Trindade, Deus de vivos, seja os que estão ainda aqui na Terra, ou em estado de Purificação pós-morte (nossa fé no “Purgatório), e os que já estão na glória celestial. Eu até penso, particularmente, que Ele também é Deus dos que estão no inferno, que existe sim, embora totalmente afastados d´Ele.

Toda essa introdução é para dizer também que, ao sair do túmulo, a pessoa passa por um Juízo particular, pois é o momento da separação do joio e do trigo (Mateus 13,24-30): “Porque teremos que comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito durante sua vida no corpo” (2Coríntios 5,10). 

E aqui chegamos ao ponto em que precisamos nos analisar se chegaremos a esse momento, diante do justo e misericordioso juiz Jesus, que é Deus, de mãos cheias de boas obras que aqui produzimos, com a graça divina, ou de mãos vazias, por termos praticado tantas coisas, mas apenas para nos parecer bons socialmente, visando sempre interesses individuais, familiares ou grupais egoisticamente.

Isso deveria se tornar uma preocupação constante de todo aquele que busca ser salvo. Frequentar igrejas procurando apenas o próprio bem-estar, cura de doenças, prosperidade em seus negócios, orações as mais diversas, incluindo os santos terços, novenas etc, e até comungando em missas, é tudo muito bom, mas não suficiente. Dali saindo, pode acontecer que a pessoa esteja continuamente se dedicando aos seus próprios interesses, sem qualquer engajamento na vida comunitária eclesial. E aí se torna omissa quanto ao servir o próximo, sem produzir os frutos, que é obrigação, uma vez que recebe a boa seiva que vem do tronco – que é Jesus: “Eu sou a videira e vós os ramos”. O ramo que não dá frutos vai ser cortado pelo Pai, que é o agricultor (João 15,1s).