Na semana passada terminei a leitura do último livro do escritor Dan Brown, chamado “O segredo final”. Lançado em meados de setembro, o livro segue a “receita de bolo” dos livros anteriores do autor, que venderam dezenas de milhões de cópias nas últimas duas décadas: o professor Robert Langdon, com uma inteligente e culta companhia feminina, uma cidade histórica europeia, uma organização secreta, um vilão quase sobrenatural à solta, e muito suspense.  

É o típico “livro de aeroporto”: leve, cativante e envolvente, capaz de prender o leitor por dezenas de páginas sem que ele perceba o tempo passar. Ainda que recheado de referências e com muitas pitadas históricas de eventos e pessoas reais, o livro não tem a densidade de um “Conde de Monstecristo” ou de um “Crime e castigo”, mas não deixa de ser uma boa fonte de entretenimento, com alguma cultura.

Penso que é justamente esse tipo de livro que pode ajudar a incutir nas pessoas o indispensável hábito da leitura. Segundo a mais recente pesquisa do “Instituto Pró-Livro” (2024), pela primeira vez a proporção de não-leitores é maior do que a de leitores na população brasileira. Nos três meses anteriores à pesquisa, 53% das pessoas pesquisadas não leram nem parte de um livro, aí incluindo os didáticos, e a média de livros lidos, diminuiu de 2,6 para 2,4 em relação à última pesquisa – isso em um país no qual as pessoas dedicam mais de 3 horas por dia às redes sociais. 

Assim, livros de fácil leitura e que prendem a atenção dos leitores tendem a ajudar mudar essa triste realidade.

Voltando à mais recente aventura do professor Robert Langdon, confesso que esperava um pouco mais da história, que, na minha percepção, ficou aquém de seus dois primeiros livros, “Anjos e Demônios” e “O Código Da Vince”, mas ainda assim não deixa de ser um livro interessante. Recomendo a leitura.