A perda é um processo a que todas as pessoas estão sujeitas e que, provavelmente, a maioria já vivenciou; seja a perda de um sonho, um amor, uma parte do corpo ou de uma pessoa querida. Uma perda significativa, como a morte de alguém querido, pode despertar o luto no ser humano. Em uma sociedade na qual a morte é um assunto tão pouco abordado, falar sobre ela se mostra um desafio. Apesar de ser o curso natural da vida, a maioria das pessoas nunca estará preparada para dizer "adeus" e encarar a finitude da vida.

A experiência de perder um ente querido é única e particular, cada pessoa reage de uma maneira diferente e precisa de um tempo distinto para lidar com o luto. Pessoas em um processo de luto saudável, geralmente, passam por 5 estágios: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. É importante ressaltar que nem todos passam por todas as fases e alguns passam por elas de forma aleatória. O luto é um processo natural; ele afeta as emoções, mudando a maneira como as pessoas enxergam a vida e causando ressignificações após a perda do outro. Um luto patológico, não saudável, é caracterizado pela intensificação, de modo que a pessoa não consiga readaptar sua vida após a perda e fique parada em uma única fase do luto.

Portanto, é importante não menosprezar os sentimentos, para que não fique nada mal resolvido ou exagerado, prejudicando o processo do luto. Provavelmente, haverá momentos difíceis, por isso, peça ajuda: conversar pode aliviar a angústia e expressar as emoções é libertador. Ter consciência de que várias pessoas passam por esse processo, trocar experiências e saber que você não está sozinho, é muito válido! Profissionais, como o psicólogo, podem ser um ótimo companheiro nesse momento em que há uma necessidade de readaptar e encontrar um novo equilíbrio. É um desafio viver com a ausência e reorganizar as crenças sobre si mesmo e sobre o mundo. O sofrimento das pessoas enlutadas, após a "separação", pode despertar a saudade, que é algo natural e a lembrança do amor!