Conheci o Kaíke Nagai ainda bebê. Filho único do Zé Reinaldo e da Fernanda, sobrinho do meu afilhado Niltinho Borges. Sempre o achei uma fofura: educado, risonho, obediente, quietinho. Na adolescência continuava reservado e mal dava pra ouvir a voz dele nas tão divertidas festas da família.

Um dia, a mãe me contou que ele tinha decidido fazer jornalismo. E completou com uma pontinha de receio: “Será que ele vai conseguir sucesso na área? É tão tímido…” E era mesmo. Inteligente, observador, mas com dificuldade em se expressar com desenvoltura.

Convidei o Kaíke para fazer o meu curso de oratória. Ele topou, e ali começou a transformação. Não virou extrovertido da noite pro dia. Mas passou a entender que comunicar é uma habilidade que se aprende, não um dom que se herda.

Meses depois, para surpresa geral, Kaíke apareceu nas redes sociais falando de um assunto que ama desde pequeno: futebol. E ali, com brilho nos olhos e segurança na fala, começou a conquistar espaço. Hoje é um dos maiores tiktokers esportivos do Brasil. Viajou muitos países, cobre eventos de grandes marcas e é um dos influenciadores queridinhos do Palmeiras, time pelo qual é alucinado.

Está prestes a se formar numa faculdade conceituada de jornalismo. E o que fatura com o conteúdo que produz nas redes é mais do que muita gente recém-formada consegue no início da carreira.

O famoso @kaike é a prova de que timidez não impede ninguém de realizar conquistas. De que falar bem não é sobre nascer com o “dom da palavra”, mas sobre se permitir aprender. 

E de que quando alguém encontra a própria voz, o mundo escuta diferente. Porque o som que vem da coragem é impossível de ignorar. Por isso, só #vaiefala !