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Oração: confiança e intimidade

Diocese de Barretos - 27 de julho de 2025

Oração: confiança e intimidade

Oração: confiança e intimidade

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Por Dom Milton Kenan Júnior, Bispo de Barretos

Entre as atitudes que impressionavam os apóstolos que conviviam com Jesus era o tempo prolongado que ele dava à oração. Às vezes permanecia a noite toda em oração; e algumas vezes levava consigo os apóstolos para rezarem com ele. Numa destas vezes, os apóstolos que rezavam como determinação a religião judaica, impressionados pela atitude de Jesus diante do Pai, pedem-lhe que lhes ensine a rezar; e, Jesus, por sua vez lhes ensina o “Pai nosso”. Não se trata de uma oração semelhante aquelas que eles recitavam na sinagoga, ou que proferiam antes ou depois as refeições. Tratava-se de uma oração cuja primeira palavra “Pai” dava a ela um significado novo e diferente. Não se trata de um “pai” formal ou respeitoso, mas o termo empregado por Jesus era o utilizado pelas crianças quando corriam pela casa, ou quando precisavam da presença ou do cuidado dos seus pais. Tratava-se da palavra “abbá”, que traduzida para nossa língua soa como “papaizinho”. Um termo cheio de confiança e intimidade.      Jesus quer que nós tratemos a Deus com a confiança e a intimidade com que uma criança pequena chama e trata seu pai. Para uma criança os pais são a sua segurança, lhes dão a garantia de que nenhum mal possa lhes acontecer. É assim que Jesus quer que tratemos a Deus. Podemos estar certos de que o Pai-Deus é incapaz de ignorar nossa súplica ou dar coisas más aos seus filhos. Ele está sempre pronto a nos escutar e socorrer. Mas, ao mesmo tempo que Jesus nos ensina a dirigir a Deus como “Abbá” nos ensina a rezar não preocupados apenas com o nosso bem estar, mas com de todos aqueles que rezam e precisam do socorro do Pai; e, ao mesmo tempo estejamos dispostos a perdoar, pois a medida do perdão que damos ao próximo será a medida do perdão de Deus para nós. Unamos nossas vozes a todos os que a cada dia suplicam do Pai o Reino, o pão e o perdão. Certamente o Pai-Deus ouvindo-nos rezar em comunhão uns com os outros, não deixará de nos atender e dar-nos muito mais do que lhe pedimos.