Viver é uma arte. E esse viver, a cada dia torna as relações mais complexas, e nos movimenta a aprender a lidar com um mundo diverso, em um contexto em permanente mudança, buscando a essência do “eu”, mas sabendo conviver em coletividade. E sobreviver no mundo atual requer uma adequação em todos os sentidos, que nos faz recorrer a adquirir habilidades para esse processo de promover cidadania e ser um cidadão de direitos. No dia 21 de maio de 2002 foi instituído pelas Nações Unidas, o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, afirmando a adoção da Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural em 2001. A Declaração Universal da Unesco sobre a Diversidade Cultural afirma que a diversidade cultural é tão necessária para as relações interpessoais, como a biodiversidade é indispensável a natureza, onde reconhece pela primeira vez, a Diversidade Cultural como herança comum da humanidade.

No exercício da cidadania, respeitar as diversidades, é promover e proteger direitos humanos, reconhecer a equidade, dignidade e ampliar as condições essenciais para o desenvolvimento sustentável e potencializar humanidades. E se interessar nessas ações, reverbera um caminho de diálogos emancipatórios e nos traz o desafio de viver e resistir com arte, driblando as barreiras e conquistando saberes. Nos ensinaram que o belo é importado e criterizado. E como entender os contextos culturais e mobilizar diferentes referenciais simbólicos com uma lente mais diversa, em um “contexto oficial” de memória? A resposta ao questionamento é a descolonização da história e abrir o caminho para diálogos sinceros. Assim se fará a defesa da democracia, como fator de fortalecimento e reconhecimento das diversidades, seja ela artística, humana, cultural ou histórica, pois a humanidade é composta por sua riqueza cultural integral e holística. Pois, o outro não é seu inimigo, mas espelho, e precisamos nos preparar para essas conversas.