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Palavra mágica

O Diário - 28 de fevereiro de 2024

Palavra mágica

Edinho Silva Bacharel em Administração de Empresas e Direito, Acadêmico de Medicina Veterinária, Executivo da Área de Riscos, Patriota de Filhos da Pátria, Empreendedor Cultural, Produtor Rural e Idealizador da Associação Amor Aos Rins

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Barretos é uma cidade de seus encantos. São muitos, com as bênçãos do Divino Espírito Santo. 

Mas também é uma cidade dos “desencantos”, com muitos filhos desencantados, mas sempre prontos para mobilização e engajamento nas causas nobres. 

Os “desencantos” passam por muitas frentes: definição do perfil da cidade (turismo, saúde, indústria, comércio, agrobusiness, um pouco de tudo, de tudo um pouco). Isso leva a geração de empregos com a retenção dos seus filhos que prezam por qualidade de vida (temos a qualidade de vida, mesmo ainda com muitas mazelas e problemáticas), questão da saúde, condições ainda mais favoráveis para empreendedores, etc, etc. Como empreendedor cultural também que sou, não poderia deixar de mencionar a necessidade de valorizar ainda mais a cultura raiz, a cultura sertaneja, a nossa cultura brejeira.

Sem dúvidas podemos estar errados em algo que observamos no dia a dia por conta de acontecimentos, fatos, campanhas, mídia, conversas nas lojas de conveniência/padarias...

Incorporamos, infelizmente, na nossa idiossincrasia chãopretana uma visão imediatista para tudo. Cidades vizinhas que notoriamente estão numa linha flat e estável de maior desenvolvimento e pujança cumpriram muitas etapas preliminares para estarem nesse bom caminho que conforta os seus munícipes. 

Interessante é que temos exemplos referência para o Brasil e para o mundo de que nada acontece da noite por dia: Hospital de Amor, Grupo Monteiro de Barros, Minerva Foods, SR Embalagens, Grupo Faria, entre outros. Para os mencionados certamente não faltou planejamento de curto, médio e longo prazo e também a máxima de que “chegaremos lá”, porém não bastou  virar a chave, foi necessário muito trabalho ou, se preferirem, gestão eficiente e liderança a todo tempo, sempre, sem picos de descontinuidade. Assertividade e pragmatismo nas metas a serem atingidas. 

Trazendo o assunto para uma questão de preocupação pública temos um mosquito – Aedes aegypti - que aflige a todos, a dengue está aí, uma realidade (que não é “privilégio” somente de Barretos, tomou conta de todas as cidades brasileiras, cada uma recebe de acordo com seu merecimento, suas ações).

Não falta disposição do Poder Público para o tema: alocação de agentes, campanhas, etc. A questão é: o plano de ação para esta problemática realmente contempla “solucionática”?  Ou o plano é caracterizado por uma visão curto prazista que irá gerar o “enxuga gelo”?  

As causas estão sendo atacadas ou as consequências estão sendo tratadas?

Muitos acreditam, eu sou um deles, e fico feliz quando discordam com argumentos, de que a cidadania plena (cada morador sendo de fato um agente e cumprindo atividades em casa, nos seus terrenos para limpar os focos, etc.) seja a “palavra mágica”.

Sim, não é simples, mas é talvez preciso “sair da caixa” (como dizem os corporativistas), pensar e fazer diferente. Resultados diferentes não serão alcançados fazendo o mesmo de sempre e, com isso, seguiremos, ano a ano, dando protagonismo para este maldito mosquito.