Por Padre Pedro Lopes - Vigário Paroquial São Miguel Arcanjo – Miguelópolis-SP

Desde sua eleição ao trono de Pedro, o Papa Leão XIV tem marcado seu pontificado com uma proposta clara e profundamente evangélica: fazer da paz um dos eixos centrais e tão necessários da missão da Igreja no mundo. Em tempos marcados por tensões sociais, guerras e polarizações até mesmo dentro da própria Igreja, o novo Papa tem apontado para um caminho diferente — o da reconciliação, da escuta e da mansidão. Logo em sua primeira bênção apostólica, dirigindo-se ao mundo da sacada central da Basílica de São Pedro, Leão XIV disse com simplicidade comovente: “A paz esteja convosco” Essa não foi apenas uma frase simbólica de início de pontificado, mas a linha mestra de um magistério que vem se desenhando com humildade, clareza e esperança. Em homilias e discursos o Papa tem construído um testemunho coerente com o Evangelho das bem-aventuranças. “A paz começa em nós. Uma Igreja dividida não pode oferecer unidade ao mundo”, afirmou durante uma audiência com representantes de diversas religiões. Leão XIV tem convidado os pastores a redescobrirem a beleza do ministério vivido com espírito fraterno e os fiéis a serem construtores de pontes. Sua linguagem simples, mas firme, tem tocado a todos! Não se trata de uma paz ingênua ou acomodada, mas da paz que brota da cruz, da escuta profunda e da coragem do diálogo. Seu magistério, embora ainda no início, já desperta confiança e inspiração. Num mundo onde o barulho muitas vezes sufoca a voz da consciência, o Papa tem oferecido silêncio orante, reflexão e um convite à conversão interior. Ele parece dizer, com a vida: não se vence com força, mas com misericórdia. A Igreja, sob sua condução, respira um novo ar: não o da agitação, mas o da esperança. E talvez seja exatamente isso que o mundo mais espera de nós hoje — que sejamos, como ele tem sido, testemunhas da paz que vem de Deus.