Prejuízos causados pelos estelionatários totalizam mais de R$ 19 mil

A Polícia Civil registrou na sexta-feira (12), em Barretos, dois casos do golpe do “Falso Advogado”.

No primeiro, uma costureira de 59 anos contou que, no dia 11 deste mês, recebeu mensagens via WhatsApp em que a pessoa se identificou como advogado e informava que a decisão a respeito de uma ação judicial havia sido proferida em última instância; e que teria sido favorável, assegurando o recebimento de indenização no valor de R$ 21.000,00.

O suposto advogado enviou o processo e pediu dados bancários para depositar o valor da ação.

Ela foi instruída a acessar o aplicativo do Banco Sicredi para efetuar o pagamento de taxas, com a promessa de posterior devolução da quantia.

Conforme as orientações, a vítima efetuou dois pagamentos via Pix para a conta indicada pelo golpista, no valor total de R$ 10.046,00, sendo informada que, logo após o pagamento, o valor da ação seria creditado em sua conta — o que não ocorreu.

Ela entrou em contato com o advogado responsável pela ação e descobriu que havia sido vítima de golpe.

Contestou o pagamento no banco e foi orientada a registrar a ocorrência.

No segundo caso, uma farmacêutica de 45 anos acabou tendo prejuízo de R$ 8.997,99.

Ela informou que possui contas nos bancos Santander e Banco do Brasil e que tem um processo de indenização impetrado neste ano na 1ª Vara Cível de Barretos.

No dia 10 deste mês, recebeu contato pelo WhatsApp de um desconhecido que utilizava o perfil do Instagram de seu advogado.

O golpista informou que ela teria ganho a ação.

O suposto advogado disse que o valor seria de R$ 8.000,00 e que ela receberia uma ligação de um funcionário do Tribunal de Justiça, que efetuaria o pagamento imediato.

Logo em seguida, a vítima recebeu contato do suposto representante do TJ, com tela compartilhada.

A farmacêutica confirmou os bancos em que possuía conta, e o falso funcionário informou que enviaria códigos para serem utilizados em suas contas, com a justificativa de evitar duplicidade e problemas no recebimento.

Ela recebeu os códigos e, orientada pelo golpista, os utilizou em suas contas no Santander e Banco do Brasil.

Durante as manobras, percebeu que o saldo ficou negativo.

O sujeito informou que o sistema iria atualizar e os valores retornariam para a conta.

Preocupada, a vítima desconectou de ambos e entrou em contato com seu advogado verdadeiro, quando foi informada que tinha sido vítima de golpe.

O advogado relatou que outros clientes também haviam sido enganados, e que já havia alertado em redes sociais sobre o uso indevido de seu nome e perfil.

A farmacêutica constatou que, no dia 10 deste mês, em suas contas foram realizados três pagamentos de boletos: dois pelo Santander (um de R$ 2.000,00 e outro de R$ 1.999,99) e um pelo Banco do Brasil (de R$ 4.998,00).

Todos os pagamentos eram desconhecidos por ela, ou seja, não os efetuou nem autorizou.

Os casos foram registrados como estelionatos e serão encaminhados para a Central de Polícia Judiciária.