Problemas no serviço da Vivo geram transtornos à entidade e ao setor comercial

Consumidores de Barretos vêm enfrentando, há semanas, falhas constantes no serviço prestado pela Vivo, com interrupções que deixam aparelhos sem contato e dificultam a rotina de instituição e comerciantes.

Um dos casos mais graves é o da Vila dos Pobres, que há mais de 30 dias está sem o telefone fixo (17) 3322-3601, número mantido há mais de três décadas e amplamente divulgado para doações. Coordenadora da entidade, Elza Domarascki relata que a ausência da linha contribuiu para a queda no estoque de donativos. “As pessoas ligavam para pedir para buscarmos ou entregavam após saber das nossas necessidades. Agora, sem telefone, temos que pedir que entrem em contato pelo celular da irmã Elisa, no (17) 98167-0052”, afirmou.

Além da entidade e  clínicas médicas, comerciantes da região central também sentem os impactos. O vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Barretos, Gustavo Miziara, disse que lojas sofreram com esse impacto e muitas ficando sem contato.  “A Vivo informou que está trocando cabos analógicos por digitais, mas o processo é lento e impacta diretamente clientes e empresários. Há várias denúncias de telefones mudos”, pontuou.

O Procon Barretos confirmou a situação. Segundo o coordenador técnico Delaias Raimundo, só em setembro, 15 das 24 reclamações contra a operadora foram relacionadas à inoperância do serviço. “É um serviço essencial que não pode ser interrompido. O consumidor tem direito ao abatimento nas cobranças e pode portar ou cancelar a linha sem prejuízo”, destacou. Delaias adiantou que se reunirá com a Vivo no próximo dia 29 para cobrar prazos e um plano de execução de emergência para a instalação de fibra ótica em Barretos. Procurada, a Vivo respondeu apenas sobre o caso da Vila dos Pobres, afirmando que “equipes atuam no local realizando atualização da rede e podem ocorrer intermitências, mas os técnicos trabalham para regularizar no menor prazo possível”.