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Redação Expositiva

O Diário - 3 de junho de 2025

Redação Expositiva

Luciano Borges é Doutor em Letras pela Universidade Mackenzie, na área dos estudos discursivos e textuais – literatura, artes e mídias digitais

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Escrever conceituando

Em um cenário no qual a informação circula de maneira acelerada e nem sempre confiável, saber expor conteúdos com objetividade tornou-se uma habilidade muito importante – não só para os estudantes, mas também para o público em geral. Nesse contexto, a redação expositiva destaca-se por favorecer a organização lógica de ideias e o domínio de uma linguagem clara, além de exigir imparcialidade e responsabilidade na comunicação de conceitos e dados. Essas duas contribuições, estruturais e éticas, são centrais para compreender o papel desse tipo textual na vida acadêmica e social.

A redação expositiva demanda que o autor apresente um conteúdo com começo, meio e fim bem definidos, utilizando recursos de coesão que garantam a progressão do pensamento. Um exemplo disso é a elaboração de resumos, que exige seleção e reestruturação de informações com precisão terminológica e sem distorções. Outro caso típico recai sobre a criação de verbetes, que apresentam conceitos com linguagem denotativa e isenta de marcas opinativas. Logo, escrever de modo expositivo não é apenas relatar informações, mas organizá-las com critério e clareza respeitando a inteligência do leitor.

Ao estimular a imparcialidade e a precisão conceitual, o texto expositivo propicia o domínio do conteúdo abordado e a responsabilidade na comunicação de saberes, seja pela relevância e conferência das informações, seja pela imparcialidade. Em suma, a redação expositiva implica compreender com profundidade o que se escreve. É como montar um quebra-cabeça, em que cada peça informativa deve ser cuidadosamente encaixada, sem excessos nem lacunas, até formar um todo inteligível e confiável. Aliás, quem domina a exposição de ideias, domina o próprio pensamento.

Prof. Luciano Borges é Doutor em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, na área dos estudos discursivos e textuais – literatura, artes e mídias digitais