Réus são condenados por morte de aposentado em júri que durou 19 horas
Roberto José - 23 de julho de 2025

Julgamento realizado no Fórum de Baretos (Foto - Divulgação)
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O Tribunal do Júri de Barretos finalizou na noite de terça-feira (22), o julgamento do crime de homicídio duplamente qualificado praticado por quatro réus envolvidos na morte do aposentado Antônio Carlos de Oliveira, ocorrido no dia 11 de fevereiro de 2022, em um barraco nos fundos de um posto de combustível em Barretos. O júri teve início na segunda (21) e prosseguiu na terça (22), onde foi concluído após 19 horas de trabalho, onde foram ouvidas 12 testemunhas e os quatro acusados.
No júri foram julgados o réu Carlos Pereira, que é acusado de ter encomendado a morte para o pai de santo Hermiston Queiroz Barbosa, para matar a vítima Antônio Carlos de Oliveira, que era o seu companheiro homoafetivo com o objetivo de receber um seguro de vida no valor de R$ 200 mil. Os golpes foram desferidos pelo acusado Lucas de Oliveira Santos, enquanto que a acusada Kirralle de Andrade Barbosa colaborou com o planejamento do crime. No julgamento, o réu Carlos de Oliveira foi defendido pelo advogado Sérgio Balsanufo, o réu Hermiston Queiroz Barbosa pela advogada Lara Oliveira, o réu Lucas de Oliveira dos Santos pela Defensoria Pública e a ré Kirralle de Andrade Santana pela advogada Pricila Zinato Demarchi. O Juiz de Direito dr. Hélio Alberto Navarro, presidiu a sessão e na acusação pelo Promotor de Justiça, dr. Murilo Festoso.
Ao final, o mandante do crime, Carlos Pereira foi condenado a uma pena de 22 anos e 1 mês, o pai de santo Hermiston Queiroz Barbosa foi condenado a 21 anos e 1 mês de prisão, enquanto Lucas de Oliveira Santos e Kirralle de Andrade Barbosa foram condenados a 17 e 6 meses e 15 anos respectivamente. Segundo a advogada Pricila Zinato Demarchi os quatro envolvidos foram condenados a pena inicialmente em regime fechado. “Foram 19 horas de julgamento, onde os quatros réus foram acusados e condenados pelo crime de homicídio duplamente qualificado. As defesas irão interpor recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Em especial a minha cliente, kiralle de Andrade Barbosa, vou interpor recurso, para anulação do julgamento que está contrário as provas e até a vontade do promotor de justiça, que pugnou pela sua absolvição também”, afirmou a advogada criminalista Pricila Zinato.