Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus
Diocese de Barretos - 9 de julho de 2025

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus
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Por Pe. Flávio Pereira, vigário da Catedral, Barretos-SP
Quando falamos de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, referimo-nos à Amábile Lúcia Visintainer que nasceu no dia dezesseis de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, Itália. Seus pais possuíam uma origem simples e eram cristãos. Ela é considerada a primeira santa brasileira, pois, embora nascida na Itália, foi criada no Brasil. Quando ela tinha dez anos de idade, junto a seus pais emigrou-se para o Brasil, fixando moradia no Estado de Estado de Santa Catarina, no (atual) município de Nova Trento. Ela, ainda com doze anos, participava de atividades em sua paróquia, na qual visitava enfermos, catequizava pessoas. Possuía uma vida intima de oração com Deus, além de cuidar de pessoas com enfermidades e catequizar crianças. Sua vida exemplar de doação e oração já era sinal de que seria levada aos altares, pois era altruísta e cuidava de quem necessitasse de ajuda. Em doze de julho de 1890 foi fundada a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, a qual se iniciou com Amábile e a amiga Virgínia, ambas atuavam como enfermeiras. Vê-se que esta fora a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro, tendo aprovação do bispo de Curitiba, no ano de 1895. Quatro meses após a fundação, Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule - outra jovem que se juntou a elas-, fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu um novo nome, passando a se chamar Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Neste mesmo período foi nomeada superiora, passando a ser chamada de madre Paulina, como é popularmente conhecida. Por seu estilo de vida e santidade, ela fora eleita superiora geral para toda a vida, pelas irmãs da nascente congregação, em 1903. Estabeleceu-se em São Paulo, deixando Nova Trento para traz e fixou residência no Bairro Ipiranga. Ali ela continuou seu trabalho cuidando de crianças órfãs, filhos de ex escravos e dos escravos idosos e abandonados. Oração, trabalho e sofrimento foi o que marcou esses anos. Mas nada do que fazia era realizado de modo arbitrário, tendo sempre o apoio da Congregação das Irmãzinhas, e assim, seu trabalho foi adiante. No ano de 1938, a diabetes acomete-lhe e um grande período de sofrimento se instala em sua vida; nesse martírio corporal, causado pela enfermidade, teve que amputar o braço e uma cegueira total lhe atingiu. Em nove de julho de 1942, Madre Paulina serenamente fez sua páscoa definitiva. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II, no dia dezoito de outubro de 1991, em Florianópolis. Que o exemplo e testemunho de Santa Paulina nos inspire o amor por Cristo, como ela o teve e assim, possamos rezar: “Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, guia-nos na fidelidade à virtude e ao serviço, ajude-nos a sermos movidos pelo amor de Deus, para que todos encontrem a salvação de suas almas. Inspira-nos neste bom propósito de amor. Amém.”.