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São Gregório Magno, papa e doutor da igreja

Diocese de Barretos - 3 de setembro de 2025

São Gregório Magno, papa e doutor da igreja

São Gregório Magno, papa e doutor da igreja

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Por Pe. Flávio Pereira, Vigário Catedral, Barretos-SP

No dia três de setembro a Igreja comemora memória de São Gregório Magno, papa e doutor da Igreja. Este santo doutor da Igreja é recordado por sua profunda espiritualidade e, também, por sua atuação na construção das bases do cristianismo medieval. No Missal Romano, edição de 2023, lê-se: ‘Gregório (Roma, 540 - 12 de março de 604), ainda prefeito de Roma, entrou para a vida monástica e se tornou abade do mosteiro de Santo André no Monte Célio. Eleito papa, recebeu a ordenação episcopal em 3 de setembro de 590. Embora de saúde delicada, exerceu multiforme e intensa atividade no governo da Igreja, na solicitude da caridade, na tutela das populações maltratadas pelos bárbaros e na ação missionária. Autor e legislador no campo da liturgia e do canto sacro, elaborou um Sacramentário que traz seu nome e constitui o núcleo fundamental do Missal Romano. Deixou escritos de caráter pastoral, moral, homilético e espiritual, que formaram várias gerações cristãs especialmente na Idade Média (Missal Romano, p. 795)’. Inspirado pelo versículo bíblico “O maior entre vocês deverá ser servo” (Mt 23,11), São Gregório foi o primeiro Papa a usar o título de “Servus servorum Dei” (servo dos servos de Deus), assim, ele demonstrava que ‘o maior entre todos deve ser servo (Mt 23,11)’. Ao chamado à vida monástica, Gregório renunciou sua carreira política, modificou sua casa para que se transformasse em um mosteiro e pudesse passar anos em oração e contemplação. No ano 590, após a morte do Papa Pelágio II, ele foi eleito Papa em um dos períodos mais difíceis da história de Roma, que contava com pestes, invasões bárbaras, fome. Assumiu o papado com coragem, dando à Igreja e ao mundo uma firme liderança, a qual estava enraizada no Evangelho. Por meio da ‘missão gregoriana’, evangelizou os povos germânicos e anglo-saxões, tendo por discípulo Santo Agostinho de Cantuária. No aspecto litúrgico, organizou o canto; mais tarde, este ficou conhecido como canto gregoriano. Compilou e reformou muitos textos litúrgicos, além de escrever a Regra Pastoral, considerada obra-prima da espiritualidade e da teologia pastoral. Cultivou uma espiritualidade ancorada na esperança, e, por meio da Sagrada Escritura ele dava alimento espiritual ao povo aflito. Para ele, o cristão não pode se deixar vencer pelo medo ou pelas ruínas das estruturas humanas, mas sim, fixar os olhos na promessa da eternidade, assim, ele dizia que ‘a verdadeira pátria não está aqui, mas no céu’, conforme escreveu em uma de suas homilias. A oração sobre as oferendas do Missal Romano assim diz, ‘na festa de São Gregório Magno, nos seja proveitoso este sacrifício por cuja imolação concedestes o perdão dos pecados do mundo inteiro (Missal Romano, p. 795)’. Que seu exemplo nos estimule na busca da santidade. São Gregório, Magno, rogai por nós!