Saudades da época dos fogos de artifício
O Diário - 31 de maio de 2025

EVARISTO ANANIA DE PAULA - Advogado. Promotor de Justiça aposentado
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Estamos chegando nos meses das festas juninas e joaninas e, com elas me vem à memória os festejos, os folguedos e porque não dizer, com toda a parafernália de cores, bandeirolas, danças e comidas típicas também, além da queima das fogueiras e a famosa queima de fogos de artifício, desde os estalinhos infantis, passando pelos traques, bombinhas, espirais, vulcões, até chegar aos foguetes, rojões de todos os tamanhos e quantidade de tiros e outros efeitos pirotécnicos – explosão de estrelas mil e coloridas, enfim uma variedade incomensurável e que coloria as frias noites dos festejos dos meses das famosas festas e quermesses da Praça Francisco Barreto em especial, atualmente transferidas para a Cidade Maria.
Mas não eram só as festas de meio de ano que eram adornadas e celebradas com os fogos de artificio. Inaugurações em geral, festas de casamento e batismos, desde as portas das igrejas, jogos de futebol tanto os amadores, como profissionais, comemorativos em geral, festejos de fim-de-ano, festas de conclusão de cursos universitários, festas do peão, comícios em período eleitoral, enfim qualquer forma de celebração era motivo para que os fogos de artificio estivem em ação.
Depois vieram os fogos com certo requinte de modernidade e da era da eletrônica, como ainda existem atualmente e que são acionados em momentos especiais, como por exemplo nas orlas marítimas, como é o caso da passagem de ano no Rio de Janeiro e outras, nos encerramentos de alguns campeonatos de futebol, ou festas de peão de boiadeiro.
Um dos motivos principais da decadência do uso destes equipamentos de persuasão e explosão colorida e festiva aqui em nossa cidade se deu em face a existência de lei municipal impedindo o seu uso, porém tivemos outros, como por exemplo a causa pet e de outras situações que envolvem alguns malefícios humanos, idosos, crianças de tenra idade e outras situações, todas elas absolutamente compreensíveis e que, certamente florescem muito mais na atualidade do que em tempos antanho.
Faço também essas observações porque aqui em Barretos tivemos a inauguração de um grande e promissor estabelecimento comercial e que, se fosse em eras antigas, certamente o ato simbólico do corte de fitas seria acompanhado por uma grande e retumbante queima de fogos, como parte das comemorações.