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Senhor, ensina-nos a rezar!

Diocese de Barretos - 12 de julho de 2025

Senhor, ensina-nos a rezar!

Senhor, ensina-nos a rezar!

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Por Diác. Matheus Flávio, São Gabriel, Jaborandi-SP

A ciência avança constantemente explicando diversos fenômenos e processos que ocorrem naturalmente ou de forma provocada. Muitas pessoas se prendem somente aos resultados científicos e dedicam confiança e esperança apenas aquilo que pode ser demonstrado e comprovado cientificamente. Essas pessoas ao olharem para a realidade da oração não veem sentido e não encontram razão, pois a oração vai muito além das hipóteses e técnicas científicas. Todos são convidados a entrar no mistério da oração, a deixar de lado as “certezas” propostas pelo mundo, a colocar a confiança e a esperança nas preces humildes elevadas a Deus, a ter intimidade com Deus ao ponto de chamá-lo de Pai. Mas para adentrar no caminho da oração, duas atitudes são fundamentais, a humildade e o pedido. No trecho do Evangelho de São Lucas (11,1) encontramos: “Um dia, Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos’”. Diante desse pedido do discípulo percebe-se a atitude da humildade, pois para pedir a Jesus que Ele o ensine a rezar, o discípulo reconhece que não sabe, que precisa ser ensinado, coloca-se abaixo do mestre. E como parece difícil hoje para as pessoas assumir uma postura humilde, de se dizer que não sabe algo, que precisa do outro, que precisa da graça para ir adiante. Mas a Palavra de Deus convida a superar essa realidade. Reconhecida a necessidade da humildade, o próximo passo do discípulo foi pedir a Jesus, pedir que os ensinassem a rezar. Esse também deve ser o pedido de cada um que entra no mistério da oração, pois é preciso rezar com o coração de forma humilde, contrita, penitente e isso sempre é necessário aprender e nada melhor do que aprender com mestre. O Papa Francisco destacou que “Jesus orava como todos os homens do mundo. E no entanto, no seu modo de rezar, havia também um mistério, algo que certamente não escapava aos olhos dos seus discípulos, se nos Evangelhos encontramos aquela súplica tão simples e imediata: ‘Senhor, ensina-nos a rezar’ (Lc 11, 1). Eles viam Jesus rezar e tinham vontade de aprender a orar: ‘Senhor, ensina-nos a rezar’. E Jesus não se recusou, não era ciumento da sua intimidade com o Pai, pois veio precisamente para nos introduzir nesta relação com o Pai. E assim torna-se mestre de oração dos seus discípulos, como certamente quer sê-lo para todos nós. Também nós devemos dizer: ‘Senhor, ensina-me a rezar. Ensina-me’”. Peçamos ao Senhor a graça da humildade e da perseverança na oração para que sejamos mais íntimos e abertos a Sua Palavra. Que os santos sejam exemplos inspiradores dos frutos que a oração gera em nós.