Setembro Amarelo: a urgência do cuidado com a saúde mental
O Diário - 21 de setembro de 2025
Camila Avila Doutora em Psicologia, Psicóloga Clinica CRP 54049-2
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O Setembro Amarelo, campanha global de prevenção ao suicídio, emerge anualmente para iluminar um tema que exige nossa atenção contínua. Iniciada em 2014 no Brasil, e inspirada pelo Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio em 10 de setembro, busca desmistificar e acolher, incentivando o diálogo sobre sofrimento psíquico.
A relevância da saúde mental alcança todos os setores, inclusive o ambiente de trabalho. Recentes atualizações na Norma Regulamentadora 1 (NR-1) refletem essa conscientização, ao demandar a gestão de riscos psicossociais. Isso integra a saúde mental à segurança ocupacional, um avanço crucial para o bem-estar dos trabalhadores.
Nesse cenário, o acolhimento profissional na saúde é pilar fundamental. Uma escuta ativa, empática e livre de julgamentos por parte de psicólogos, psiquiatras e outros profissionais pode ser a chave para identificar sinais de alerta e oferecer o suporte necessário, pavimentando o caminho para a recuperação e a ressignificação.
Para ampliar a promoção da saúde mental, é vital investir em ações comunitárias e corporativas. Iniciativas como rodas de conversa, acesso facilitado à psicoterapia, programas de bem-estar nas empresas, e a valorização de atividades que promovam o equilíbrio emocional — seja arte, esporte ou meditação — são essenciais. Lembremos que a saúde mental é uma jornada contínua, não se restringindo a um único mês. O cuidado deve ser prioridade diária, promovendo um ambiente de suporte e acolhimento ininterrupto. Cuidar da mente é um ato coletivo, 365 dias por ano.



