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Sim à vida e não à morte

Diocese de Barretos - 28 de janeiro de 2025

Sim à vida e não à morte

Sim à vida e não à morte

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Por Pe. Daniel Canevarollo, Vigário Paróquia São Benedito, Barretos.

Ao já termos considerado e refletido nos textos anteriores o valor e o sentido da vida, a vida como um presente Divino, ressaltando sua sacralidade e importância, um tema muito importante a ser trabalho e refletido é o tema do “aborto” juntamente com a consciência dos “direitos dos nascituros e o dos não nascidos”. Considerando os fundamentos científicos da bioética por definição o termo aborto, originado de “abortus”, significa “privação do nascimento”. Refere-se à interrupção da gravidez, resultando na morte do feto ou embrião. A discussão sobre o aborto é intensa no Congresso Nacional, envolvendo questões de criminalização e descriminalização no Código Civil Brasileiro.

Os dados do comitê de bioética refletem os dois lados do debate sobre o aborto. Os “defensores” argumentam que, mesmo sendo ilegal, o aborto acontece frequentemente e é uma questão de saúde pública. Eles também enfatizam a autonomia das mulheres como fundamentais para a democracia, a liberdade na escolha entre outras questões. Por outro lado, os “opositores” afirmam que a vida começa na concepção e deve ser protegida pelo Estado, considerando o aborto moralmente inaceitável e prejudicial, gerando consequências negativas tanto para os fetos quanto para a saúde mental das mulheres, incluindo depressão e aumento das taxas de suicídio.

A Igreja, em sintonia com os argumentos contrários ao aborto e a favor da vida em sua doutrina, na Gaudium et Spes n. 51, defende que a vida, a qual Deus confiou ao ser humano, deve ser protegida desde a concepção. Por isto, o aborto e o infanticídio são considerados crimes graves, contradizendo a essência da natureza humana, que é gerar, acolher e defender a vida e não matar. A morte é vista como consequência do mal, enquanto a preservação da vida reflete valores do bem e esperança de eternidade. A fé cristã enfatiza que a vida deve ser valorizada, e que a morte, apesar de ser inevitável, não é o fim, mas uma fase de passagem que pode ser superada pelas práticas de fé e amor que foram cultivadas neste mundo dando-nos a oportunidade de experimentar uma vida que se tornou eterna.

Com a igreja sejamos capazes de semear e lutar por valores que sejam a favor da proteção e do respeito à vida desde o momento da sua concepção reconhecendo sempre “o direito à vida dos nascituros e o dos não nascidos”. Toda vida é um bem precioso que está acima de qualquer situação ou de circunstâncias boas e ruins. Ela é um bem precioso um dom Divino que permanece acima de qualquer acontecimento seja ele planejado, inesperado ou até mesmo fruto de um crime, tendo em vista que uma nova vida não poder ser responsabilizada e descartada “pelos atos de irresponsabilidade humana”. A criação é obra de Deus e a vida traz consigo sinais de salvação que são a vivência prática do amor. A morte gera morte e vida gera vida eterna e em abundância.