Síndrome do Pânico
O Diário - 17 de junho de 2025

Maria Clara Medeiros Geraldino, estudante do 1º período do curso de medicina da Facisb, orientada pela profª Luciana Areias Surian
Compartilhar
Você já sentiu, de repente, o coração disparar, falta de ar, tontura e um medo incontrolável de que algo terrível está prestes a acontecer? Esses podem ser sinais de uma condição cada vez mais comum: a síndrome do pânico. Também chamada de transtorno do pânico, é uma condição de saúde mental que provoca crises repentinas de ansiedade intensa. Durante os episódios, podem surgir sintomas como tremores, taquicardia, suor excessivo, dores no peito e tontura.
A sensação é tão forte que muitos acreditam estar tendo um ataque cardíaco. Essas crises, que surgem sem aviso, acabam moldando a vida de quem sofre com o transtorno.
Por medo de uma nova crise, muitas pessoas passam a evitar lugares públicos, multidões ou sair de casa — um comportamento conhecido como agorafobia. Isso afeta profundamente o convívio social, o desempenho no trabalho ou nos estudos e a qualidade de vida.
Embora qualquer um possa desenvolvê-la, é mais frequente em mulheres, adolescentes e jovens adultos. As causas variam: fatores hormonais, traumas, estresse, preocupação excessiva, perfeccionismo e predisposição genética. Mudanças marcantes na vida, como o fim de um relacionamento ou pressão no trabalho, também podem ser gatilhos.
O diagnóstico é feito por avaliação psicológica, e exames médicos costumam ser necessários para descartar doenças cardíacas ou respiratórias, já que os sintomas se confundem.
Apesar de não haver cura definitiva, o tratamento costuma ser eficaz. Psicoterapia, antidepressivos e acompanhamento psiquiátrico têm mostrado bons resultados.
Hábitos saudáveis, como exercícios físicos, alimentação equilibrada e técnicas de respiração e relaxamento, também ajudam no controle das crises.
Um aspecto essencial é o acolhimento. A sociedade ainda falha em compreender doenças mentais, e muitos se sentem incompreendidos ou julgados. Por isso, é fundamental falarmos abertamente sobre saúde mental, com empatia e informação.
Se você ou alguém próximo apresenta sinais da síndrome do pânico, procure ajuda profissional. Tratar a saúde mental com seriedade é essencial para viver melhor.