Esqueci minha senha
Solenidade de Todos os Santos

Diocese de Barretos - 1 de novembro de 2025

Solenidade de Todos os Santos

Solenidade de Todos os Santos

Compartilhar


Por Diác. Matheus Flávio, São Gabriel Arcanjo, Jaborandi-SP

A solenidade de Todos os Santos é uma das celebrações mais belas e profundas da Igreja Católica. Nela, somos convidados a elevar o coração em ação de graças à Santíssima Trindade, unindo-nos ao louvor eterno do céu: “O louvor, a glória, a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus, para sempre” (Ap 7,12). Neste dia, a Igreja contempla a “imensa plêiade de Santos, que ninguém pode enumerar” (Ap 7,9), composta não apenas pelos canonizados, mas também pelos santos anônimos – homens e mulheres que, no silêncio e na fidelidade cotidiana, viveram o Evangelho de Cristo. Celebrar todos os santos é recordar que a santidade não é privilégio de alguns, mas vocação universal. Cada cristão é chamado a viver no amor, na fidelidade e no serviço. Entre os santos estão mães e pais de família, sacerdotes, religiosos, leigos e missionários que, como “candeias acesas diante do altar do Senhor”, consumaram-se no amor a Deus e no cuidado com o próximo. Eles mostram que a santidade nasce nas pequenas fidelidades e floresce na caridade concreta. Celebrar Todos os Santos é também renovar a esperança e a confiança no amor misericordioso de Deus, que continua a suscitar testemunhas do Evangelho em todos os tempos. Em meio a um mundo marcado pelo individualismo e pela busca de poder, os santos recordam que a verdadeira grandeza está na pequenez, na simplicidade e na entrega. O Evangelho das Bem-Aventuranças ilumina este caminho. Jesus proclama felizes os pobres em espírito, os mansos, os que choram, os misericordiosos, os puros de coração e os pacificadores. É nas palavras do Mestre que descobrimos a verdadeira felicidade, aquela que não depende das circunstâncias, mas da comunhão com Deus. Os santos acreditaram nessas palavras e as traduziram em vida concreta. Mesmo nas provações e adversidades, experimentaram a alegria de viver em Cristo, que lhes prometeu o Reino dos Céus. No coração desta celebração está Maria, a “mais santa de todas as criaturas”, modelo perfeito de santidade. Ela é a mulher do “sim”, a humilde serva que acreditou na promessa divina: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu” (Lc 1,45). A sua vida, marcada pela fé e pela humildade, é o reflexo da graça que transforma e eleva. Em sua Assunção, contemplamos a meta à qual todos somos chamados: a comunhão eterna com Deus. Neste dia de todos os santos, elevemos o olhar e o coração. Que o exemplo daqueles que nos precederam na fé inspire nossa caminhada. Sigamos confiantes, sabendo que “o Todo-Poderoso realizou grandes obras” (Lc 1,49) em favor daqueles que se abriram ao seu amor. Com Maria e todos os Santos, glorifiquemos a Deus Trindade, que vive e reina pelos séculos dos séculos.