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Somos chamados a testemunhar Cristo ressuscitado

Diocese de Barretos - 14 de abril de 2024

Somos chamados a testemunhar Cristo ressuscitado

Somos chamados a testemunhar Cristo ressuscitado

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Ao se encontrar com os discípulos, Jesus, tendo os convencido de que havia ressuscitado, mostra-lhes que não é um simples espírito, mas tem carne, e é o mesmo que morreu na Cruz. É fundamental para o discípulo o encontro com o Senhor ressuscitado; pois só assim poderá ser sua testemunha.

Assim declara Santo Inácio de Antioquia, no século II: “Pela minha parte, sei muito bem, e nisso ponho a minha fé, que, depois da sua ressurreição, o Senhor permaneceu na sua carne. E assim, quando se apresentou a Pedro e aos companheiros, disse-lhes: “Tocai-me, apalpai-me e compreendei que não sou um espírito incorpóreo! E imediatamente lhe tocaram e acreditaram, ficando persuadidos da sua carne e do seu espírito [...] Mais ainda, depois da sua ressurreição, comeu e bebeu com eles, como homem de carne que era, ainda que espiritualmente fosse uma só coisa com o Pai”.

A partir das provas que Jesus dá aos discípulos de ser Ele mesmo ressuscitado, Ele os incumbe de serem as suas “testemunhas”.

Jesus lhes confiava uma missão difícil, pois os apóstolos viviam ainda escondidos, temendo ser reconhecidos pelas autoridades como discípulos do Nazareno, e eis que agora Jesus lhes pede para sair a público e proclamar que ele ressuscitou dos mortos ao terceiro dia. E pregar a todos os povos a conversão e o perdão dos pecados, começando exatamente por Jerusalém!

Esse testemunho levou a todos, um depois do outro, ao martírio; no entanto, porém, em pouco tempo se cumpriu aquilo que antes parece uma missão impossível: a divulgação do Evangelho em todo o mundo, fazendo discípulos todos os povos. 

Não se pode testemunhar honestamente aquilo que se conhece só superficialmente; a testemunha só é digna de confiança quando fala de coisas que viu ou escutou, em outras palavras, daquilo que viveu. Eu posso testemunhar que Cristo ressuscitou e está vivo dentro de mim. Quando experimento sua presença e sua consolação, quando me dá força para me abrir aos outros, perdoar e permanecer na alegria, então compreendo que ele ressuscitou de verdade e estou em condições de testemunhá-lo aos outros. Todo o resto, por mais que esteja revestido de cultura histórica e de eloquência, não convence; é como o sol pálido do inverno, que ilumina, mas não aquece.

Não foi fácil transformar em testemunhas aqueles homens perplexos e cheios de medo. Os discípulos permanecem calados, em absoluto silêncio durante toda a cena. Jesus se esforça por regenerar a fé deles. O mais importante é que não se sintam sozinhos. Devem senti-lo cheio de vida no meio deles.

Para despertar a fé de seus discípulos, Jesus pede que não olhem para seu rosto, mas para suas mãos e seus pés. Que vejam as feridas do Crucificado. Que tenham sempre diante dos seus olhos o amor que Ele entregou até a morte.

Também nós, hoje, somos chamados a ser testemunhas do Ressuscitado. Reconhecendo o seu amor por nós, possamos ser instrumentos seus, amando nossos irmãos.