Locais específicos para descarte são oferecidos mas ignorados por parte da população 

O combate ao descarte irregular de lixo ganhou reforço em Barretos. Drones, fiscalização intensificada e aplicação rigorosa de multas são algumas das medidas adotadas pelo SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente para conter o despejo clandestino de resíduos em diversos pontos da cidade.

Na manhã de segunda-feira, equipes e maquinários retornaram à vicinal Luiz Donato, no prolongamento da Avenida Fraternidade Paulista, sentido comunidade das Contendas, para remover novamente um grande volume de lixo. Entre os resíduos estavam colchões, sofás, pneus, restos de comida, plásticos, papelão e até animais mortos. Apenas em janeiro, 65 caminhões de entulho já haviam sido retirados do mesmo local durante um mutirão de limpeza.

“O cidadão precisa entender que a responsabilidade não é só da Prefeitura. É de todos. Existem locais adequados para o descarte e que não cobram nada por isso. Jogar lixo em vias públicas é um crime contra a cidade”, reforçou Nilson Andrade, superintendente do SAAE. Ele destacou que os drones serão fundamentais para monitorar pontos de difícil acesso e identificar infratores em flagrante. Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Marcelo Jamal, o problema é recorrente, mesmo após limpezas completas. “Em apenas 90 dias, limpamos completamente essa área, e já voltou a estar tomada pelo lixo. A prefeirura tem à disposição vários ecopontos gratuitos espalhados por toda a cidade.” Além disso, a população pode solicitar gratuitamente a retirada de móveis e entulhos diretamente com a Secretaria do Meio Ambiente. Basta ligar para os números: (17) 3612-2100 (Ouvidoria) ou 3612-5820 (Secretaria). Denúncias também podem ser feitas de forma anônima, inclusive com envio de fotos e placas de veículos. Barretos, que é também um município turístico, busca manter sua imagem limpa e bem cuidada. “Infelizmente, o descarte irregular tem causado não apenas impactos visuais, mas também contaminação do solo, proliferação de doenças e morte de animais. É hora de dar um basta”, afirmou Jamal.