Pela primeira vez em sua história, o Tiro de Guerra de Barretos incluiu a entoação da tradicional “Oração do Guerreiro do Pantanal” em uma cerimônia oficial. O momento solene e carregado de simbolismo ocorreu no sábado (19), durante a formatura do Curso de Formação de Cabos (CFC), e emocionou familiares, autoridades e os próprios atiradores.

A oração foi conduzida pelo atirador José Eduardo de Castro Monteiro – Monteiro na corporação – e exaltou os valores do soldado que atua na região pantaneira, um dos biomas mais desafiadores do Brasil. O texto, tradicionalmente entoado por tropas do Exército Brasileiro, presta homenagem aos militares que operam em áreas de fronteira e enfrentam, com coragem e espírito de sacrifício, as condições extremas do Pantanal.

Para o subtenente Lester Lee Pereira Corrêa, chefe de instrução do TG de Barretos e idealizador da homenagem, o momento representa mais do que um gesto simbólico. “Pela primeira vez em Barretos, o Tiro de Guerra realizou uma justa homenagem ao guerreiro do Pantanal. Exaltamos a bravura e o espírito de sacrifício desses militares, que atuam longe dos holofotes, enfrentando o sol escaldante e terrenos de difícil acesso, mas que seguem firmes na defesa da nossa pátria nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia”, declarou.

A cerimônia teve início com a execução da introdução da ópera O Guarani, de Carlos Gomes, outra referência à bravura e à identidade nacional. Na sequência, foi entoada a oração — com versos que falam da fé, da luta diária e da missão do soldado brasileiro — encerrando um dos momentos mais marcantes da solenidade.

“Esses são os guerreiros que não buscam reconhecimento. Que vigiam o país em silêncio, com os pés no barro, sob chuva ou sol, honrando a farda verde-oliva. Esse é o Brasil que não recua”, concluiu o subtenente.